domingo, 27 de novembro de 2011

20 moradias em 26 anos, média boa né?!

Fazendo as contas, já morei em 20 lugares em 26 anos. Acho que é uma média boa né?!
No Paraná:
- Em Pranchita morei em duas casas (da primeira eu só lembro pois uma vez eu apontei meu dedo com um apontador de lápis e não foi legal);
- Depois fomos pra Beltrão e morei em quatro casas;
- Em Pato Branco morei em 12 (este post é pra contar essa história).
Em São Paulo:
- Morei em 1 apartamento em Barueri;
- Uma casa em Carapicuíba (atual).
Em Pato me mudei tantas vezes acho que era culpa de não ter muito o que carregar (no início eu tinha um colchão de solteiro (emprestado) e umas três malas de roupa + calçados, juntando com a centrífuga emprestada da mãe (e depois o ferro de passar que era da mãe, estava com o Flávio e ele me deu)).
Minha primeira morada foi de favor na casa do Flávio. Fiquei uns 20 dias lá, até arrumar outro lugar, que foi uma pensão xexelenta próximo da Policlínica de Pato Branco, onde agüentei uns 15 dias e graças a Deus consegui me mudar pra uma república de meninas em uma casa super perto da pensão. Depois saímos desta casa e fomos pro apartamento que o pai de uma delas comprou, na mesma rua da casa do meu irmão. Lá não deu muito certo... Estávamos em três, e acabei brigando com uma delas ao ponto de um dia arrumar minha mudança, descer até no meu irmão, pedi pouso pra eles, peguei minhas coisas e levei tudo pra lá, a pé e sozinha (o ódio nos dá forças, hahaha).
Aí minha mãe me deu a maior força alugando uma kitnet pra mim. Levei meus bagulhos pra lá, mas como era muito caro, fiquei um mês e saí. Nessa época eu ganhava 240 reais por mês, gastava 140 pagando a van que me levava pra faculdade em Beltrão, e me sobrava 100 reais pra comer, morar e me locomover (óbvio que não era o suficiente, então a mãe que me ajudava com o restante). Ao sair dei sorte de conseguir um cômodo com banheiro nos fundos da casa da sogra do motorista da van (kkkk que complicação hein?! Qualquer coisa leiam umas três vezes que dá pra entender...). Nesse lugar que aconteceu aquele episódio da matança das lesmas. Quando a Tati passou no vestibular ela veio morar comigo, então arrumamos um apartamento maior.
Aí que fomos parar lá na avenida Tupy, num prédio velho em cima de uma loja de materiais de construção. O primeiro apartamento (era o número 5) foi onde alagou tudo. Quinze dias depois conseguimos mudar para o segundo apartamento (número 1), que era um apartamentinho meia boca na esquina de um corredor... Explico: aquele era um prédio comercial tempos atrás, e resolveram fazer dele um prédio com apartamentos residenciais... Então pegaram um espaço gigante e dividiram ele em vários apartamentinhos, cada um do jeito que deu. O 1 tinha umas divisórias tão finas que, não duvido,  se a gente se escorasse nelas caía tudo...
Um episódio muito engraçado aconteceu lá. Tinha um carinha, eletricista, motorista, encanador e, enfim, um “faz-tudo”, que foi lá arrumar um bocal que não estava funcionando... Ele ligou os fios só que ficou pendurado, então tinha que pregar na parede... Deve ter sido nesse dia que eu aprendi como fazer gambiarras. Ele pegou uma fita isolante (que mal cola nela mesma) e tentou colar o fio de luz num cabo que descia do teto. Ficou segurando pra fixar bem e depois ficou olhando pra ver se daria certo... Adivinhem? Claro que caiu né?! Fita isolante colega? Puxa vida! Aí ele largou mão de fazer fiasco e pregou o fio certinho, com prego e tudo...
Bom, continuando: como as paredes eram “isoporzadas” (rsrsrs), a gente não agüentou muito o barulho e nos mudamos para o apartamento de número 3. Este era muito melhor. Sala, quartos e cozinha grandes, separados com tijolo e tal, tudo certinho. Só uma coisa engraçada nesse: na parede de fora tinha os tubos que saíam do sanitário do apartamento de cima... Mas isso é só um detalhe estético (desde que o cano não estoure, claro).
Depois de um tempo resolvi morar sozinha. Agora as mudanças ficavam mais complicadas, pois eu já tinha alguns móveis... Mas me mudei pra um apartamento bem legal, ainda no centro. O problema de ser legal é que era caro pra mim, então arrumei outro lugar, que era uma casinha no bairro perto da empresa que eu trabalho. Era barato e prático. Gostava de lá.
Tempos depois, eu e Tati resolvemos morar junto novamente, então arrumamos um apartamento de verdade. Esse tinha uma suíte, dois quartos, uma sala enorme, cozinha, lavanderia e sacada e era bem no centrão também. Éramos as primeiras moradoras!
Mas nessa época a CPM resolveu fechar a filial de Pato e eu vim pra Barueri... Nos primeiros dias a empresa pagou um hotel pra gente, até que arrumássemos um cafofo (este eu não contei como moradia tá?!). Aqui é tudo muito caro, mas conseguimos um achado: apartamento gigante, duas suítes (uma com closet e outra com guarda-roupas embutidos), um quarto com guarda-roupas embutidos, outro quarto, um banheiro social e outro menorzinho, lavanderia, cozinha, sala e sacada enormes. No condomínio tinha duas piscinas, sala de jogos, salão de festas e quadra poliesportiva, além de duas vagas de garagem.
De início eu achei estar no céu, mas depois algumas coisas foram me irritando e resolvi me mudar. A ideia era morar com o Flávio, mas acabei achando a casinha onde estou, e foi uma paixão que me corroeu (óóó), modos que estou lá agora, e muito bem, obrigada!
Da próxima mudança não sei muita coisa ainda, mas tenho uma certeza: a droga do guarda-roupas que eu comprei não vai junto!!! Pra quem não sabia: comprei meus móveis numa loja de usados em Osasco. A intenção era o guarda-roupa ser vagabundinho, mas quando o caminhãozinho do frete chegou, o cara me contou que era de madeira e que precisaria de ajuda (s) pra levar até lá em casa... Por sorte tinha dois rapazes na vizinha (que eu nem conhecia na época), então pedi ajuda na maior cara-de-pau. Tive até vergonha depois, pois deu um suador em todos os que ajudaram carregar o bendito pro quarto... Portanto ele continuará lá, e se me obrigarem tirar eu meto paulada até arrebentar tudo e faço uma fogueira :D (a não ser que alguém queira e vá buscar...).

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