sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Minha casa, minha vida

Hoje durante o lanche da tarde eu estava bolando planos para pegar meus vizinhos intrometidos: - Colocar corante de comida dentro da maquina de lavar; - Colocar água sanitária (também conhecida no sul como Qboa e aqui como Candida) dentro da maquina de lavar; - grampear a extensão utilizada pra ligar a maquina de lavar pra que quando ligassem ela novamente levassem um choque; - Colocar um dispositivo eletrônico no varal pra dar choque em quem utilizasse (com roupa molhada o choque é maior). Mas a verdade é que isso tudo é muito utópico e também vocês não devem estar entendendo do que eu estou falando, especificamente. O caso é que, cada vez mais, os vizinhos do cortiço onde eu moro estão invadindo o meu espaço. O problema com a utilização da maquina de lavar eu resolvi colocando o plug dela pra dentro de casa e deixando desligado. Assim até podem mexer na maquina, mas não conseguirão usar. Levar a maquina pra dentro não é uma boa solução, pois ela é uma maquina pesada e estragaria de tanto levar pra dentro e pra fora e deixar sempre dentro de casa não é opção por não ter por onde escoar a água. Enfim, o lugar dela é fora mesmo. Outro problema é usarem meu varal. Qual o problema disso? É que o varal é meu e eu não quero que usem, simples assim. Mas também é ruim pois quando eu passo pelo “meu próprio” quintal eu tenho que ficar batendo ou desviando da roupa ou calçado dos outros. Até calcinha tem pendurada no meu varal. Lençol, toalhas e afins. Aí um dia eu me dei conta que haviam roubado o cabo do rodo. Não faço ideia de onde ENFIARAM, mas... Respirei fundo e fui perguntar se alguém, por acaso, tinha “visto” o cabo do rodo por lá. Na minha vizinha mais amada dei de cara com um tapete que minha mãe me deu e que ela, não sei por qual motivo, razão ou circunstancia, pegou emprestado sem pedir meu consentimento. Ela já tinha feito isso com vários outros panos de chão, mas aquele era um tapete bonito e não qualquer pano de chão, então eu esperei ela sair de casa, peguei o tapete de volta, lavei e guardei. Por alguma razão do meu organismo eu fico muda quando vejo essas coisas. Raras são as vezes em que consigo tomar ação na mesma hora, geralmente eu fico pasma com o desaforo e acabo ficando calada. Essa semana eu reparei que a minha vizinha (que agora está solteira e por isso “tem” que fazer muitas festas) resolveu, por algum motivo também desconhecido, usar o meu quintal pra depositar as latas de cerveja usadas. Uma pilha de latas, bem na entrada do quintal. Mais no canto do quintal ela colocou o botijão de gás e a maquina de lavar estragada, e do outro lado ela entulha toda e qualquer bugiganga (menos as TRÊS motocas da filha dela, pois estas estão atrapalhando no corredor... Assim não atrapalha só eu, mas também o vizinho que mora em cima da minha casa). O vizinho novo, aliás, não me deu problema nenhum. Inclusive foi muito simpático no primeiro dia, se apresentando como vizinho novo. Eu acho que ele tem mais ou menos o mesmo horário que eu, então ele não faz muito barulho... Fica pouco tempo por lá zanzando e depois dorme. O ruim de ter alguém morando em cima é que eu descobri que o ralo da casa dele não foi vedado, então quando ele toma banho a água cai aos montes no meu banheiro. Bom... Outro dia eu estava me queixando e me queixando (e não pela primeira vez) e o meu namorado disse que, na opinião dele, eu deveria colocar tudo o que é meu pra dentro de casa (alguém da minha família já tinha sugerido isso, na verdade). Na hora eu fiquei com raiva, pois como o quintal é meu, teoricamente quem deveria desocupá-lo era a vizinha para que eu pudesse usá-lo plenamente, e não o contrário. Fiquei com um mau humor memorável até dormir... Mas ontem quando cheguei em casa eu estava bem “animada” e resolvi fazer a limpa. Peguei tudo o que era meu e dei um jeito de caber dentro de casa (empilhei por lá). Peguei as latas da vizinha e joguei fora (a vontade era espalhar tudo pelo quintal dela, e a segunda vontade era perguntar “Ô sua vadia, ta achando que aqui é lixeiro?”, mas eu tenho medo que ela me bata e eu sou pacífica demais pra isso...). Lavei tudo por lá. Hoje vou tirar o varal e deixar só a parte que eu uso (tem uma parte que parei de usar por causa dos pombos... Eles cagam em toda a área descoberta). UFA, lavei a alma. Vocês devem pensar: por que ela não se muda??? A única casa que eu achei que eu poderia morar, mudei de ideia assim que li o contrato de locação. Depois daquela, que foi mais ou menos no inicio de agosto, eu não achei outra. As casas disponíveis são grandes e caras. Quando são pequenas não tem garagem (como essa minha... Meu carro está na rua!). Quando são pequenas e tem garagem são caras. Quando não são caras, são longe demais. Eu tenho olhado em diversos sites de imobiliárias, em mais de uma cidade, quase todos os dias, mas mesmo assim não tive sucesso ainda. Quando eu acho alguma que é mais ou menos ela já está reservada... Tenho desconfiado que eles colocam as casas no site só pra fazer lombriga na gente, mas que na verdade elas já estão reservadas desde o sempre. Eu ter dado uma trégua pro aborrecimento e colocado as coisas pra dentro não significa que eu tenha desistido de me mudar, mas por hora eu me rendi. O engraçado é que quando eu comento sobre o assunto o pessoal logo pergunta: “por que você não se casa de uma vez?”. Só me resta rir, pois existem tantas respostas que até complica escolher uma boa pra dar. Mas ontem eu ouvi uma boa: “por que você não compra um apartamento?”, seguida da seguinte observação: “tem uns aqui perto por 150 mil!). Hmm, isso me fez pensar. Eu não quero comprar apartamento ainda... Queria esperar a hora certa (e eu acho que não é agora). Quem sabe eu não mude de ideia... Se o tempo ficar mais nebuloso ali onde eu moro pode até ser que eu pense mais no assunto... Enfim, blábláblá. Só queria contar pra vocês como anda a minha vida no sentido “moratício”. As vezes eu até me pego me divertindo ao contar alguma das peripécias das minhas vizinhas... No resto está tudo dentro dos conformes e eu estou muito feliz, obrigada.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meu sotaque, seu sotaque, de todo mundo


Outro dia eu tive que desabafar sobre um assunto que me irrita ao extremo. Aí eu lembrei que costumava compartilhar com vocês também (o que não tenho feito muito ultimamente), então lá vamos nós.

Vocês bem devem saber que em todos os lugares do mundo as pessoas falam com sotaque. O meu, por exemplo, tem quase 100% de chance de ser diferente do seu. Até dentro do próprio estado existem sotaques diferentes. O Brasil é feito de uma mescla gigantesca de sotaques.

Geralmente quando você está na sua própria cidade você nem para pra analisar se as pessoas tem ou não maneiras de falar. Você conversa e pronto. Mas, em especial (segundo a minha experiência), o povo de São Paulo não acha que tem sotaque. Só eles no mundo é que falam corretamente, mesmo falando “leiti”, sendo que no dicionário encontra-se “leite”. Eles falam sem sotaque e ponto.

A diferença entre o pessoal de São Paulo e o dos outros lugares é que eles tem uma mania infernal de tratar as pessoas que tem sotaque diferente do deles como palhaços, ou algo parecido... Eu não sei se isso é só comigo ou o que, se devo ser mais grossa de vez em quando ao inves de bancar a educada e somente sorrir... Eles acham bonitinho o seu sotaque e aí começa: “aiiii fala leite quente pra genntiiii”, “aiii eu adoro quando ela diz ‘Deus do céu’”.

Gente, eu não sou um bonequinho que você aperta e ele repete a frase bonitinha. Eu não sou um palhaço pra vocês acharem muito engraçado e ficarem rindo e comentando o que eu fiz que foi tão “engraçadinho”.

Tem algumas pessoas, e eu dou Graças que tem uns assim, diferentes, que só comentam “ai como ela fala bonitinho né” e pronto, nunca mais se ouve falar do seu sotaque, mas tem gente que é só estar junto que começa a repetição de palavras e aquelas tentativas estúpidas e maçantes de imitar o teu sotaque. Aí se você manda se f0d3r, ainda vão dizer que “você ficou nervosinha” e é capaz de continuarem rindo porque você fica engraçadinha nervosa.

ARG. Isso é bulling, acho que vou começar denunciar por aí.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Engordei e estou lutando pra emagrecer novamente


Eu estou com uma coisa entalada aqui pra dizer pra vocês.

Se querem saber, eu engordei. Tá? Mas eu quero mandar um recado pras invejosas-zicadoras de plantão que não adianta botar olho gordo na minha cinturinha que eu já comecei emagrecer novamente.

Eu sabia que subiria alguns quilos antes de estabilizar, mas subi mais do que eu queria, então agora eu quero emagrecer mais do que antes, pra se eu subir novamente eu não fique na faixa que estou agora, pois ela não me satisfaz.

Eu sempre disse (depois que comecei emagrecer) que o esquema pra emagrecer é nunca desistir. Eu andei dando uma “chutada de balde” e “tocando um foda-se”, mas agora já caí na real e já estou me esforçando novamente.
Quem me ajudou dessa vez foi o meu irmão mala-sem-alça (kkkkkkk, devo confessar que foi “graças ao meu irmão”) que ficou tirando onda da minha cara porque eu “tô gorda”, porque, segundo ele, ele viu a minha barriga passando primeiro quando eu cheguei. E já aviso, de antemão, que essas coisas só funcionam entre família de primeiro grau, ok? Se vocês (que não são da família) vierem me chamando de gorda eu vou pensar que quero mais é mandar vocês “se foderem”, vou dar um sorriso e vou dizer na maior falsidade da face da terra que “OH, poisé,nem percebi dei uma engordada mesmo, seu fdp”. É assim que funciona. Às vezes a gente tem que desabafar essas coisas, sabe? Ninguém no mundo aguenta gente indiscreta calado o tempo inteiro.

Dessa vez eu ataquei com castanhas do Pará pro intestino, dizem que três por dia fazem bem.
Ontem mesmo eu passei na feira que tem perto da estação de trem de Carapicuíba e comprei muitas laranjas, banana e mamão, e vou comer com granola. Estou tomando muita água também, tanto que por hoje até enjoei já (mas vou continuar tomando pois não deu 2 litros ainda)...

O meu problema eterno é a janta. Foi basicamente isso que me fez engordar (tanto agora quanto das outras vezes). Tenho até vergonha de dizer que fiquei dias e mais dias jantando na padaria da esquina. Jantando mais especificamente pão de queijo ou salgadinhos fritos com bolo recheado, ou de prestigio ou de chocolate. Hmm que delícia, se querem saber.
Também andei comendo muita “porcaria” na lanchonete da CPMBraxis. Empadinha, porção de mini pão de queijo, bolo e sorvete.
E, além disso, bem lembrado pelo meu namorado, tenho feito muito pouco exercício. Essa uma hora de caminhada por dia ajuda, mas comendo tanta besteira, eu precisaria fazer muito mais que uma caminhadinha, coisa que não fiz. Nem andar de patins tenho andado, nem nada.

Voltando ao assunto da janta (fugi do assunto um pouco, haha): eu visitei uma nutricionista esses dias. O ÚNICO problema é que não adianta só ir na nutricionista, é preciso também seguir as regras que ela impõe, né? Pois bem, ela me disse basicamente duas coisas extremamente diferentes do que eu faço no dia-a-dia: PRECISO tomar café da manhã, comer pão e tomar alguma coisa (que pode ser chá, café, café com leite e etc), e que é pra eu jantar bife com salada.
O tal do café da manha eu, sinceramente, me desculpem (e não quero saber de xingão!), estou trocando por outras coisas. Geralmente como uma fruta, ou bolachas, mas pão é muito trash (todo mundo aqui sabe que larica que é pra eu comprar essas coisas no mercado L... Geralmente apodrece...), mas a janta, que eu ainda não comecei a praticar, eu juro que pretendo adotar... Ainda não sei como vou fazer isso sem jogar muito bife e salada fora mas, como se ficar pensando muito nisso vou acabar não fazendo, mesmo que tenha que jogar fora, eu quero e VOU fazer (é assim que se diz).

Mas quer saber por que eu xinguei as invejosas no início? Sabe quando você vai passando e a pessoa olha pra você com aquela carinha de nojo disfarçada, com jeito de quem tá pensando “ta se achando o gás da coca só por causa ‘disso ou daquilo’”? Pois então... Eu tenho percebido muita gente, em especial as mulheres (mah vah!?), me olhando com essa cara de “tomara que ela caia” mas, meus amores, vocês tem que entender que é natural do ser humano se sentir melhor depois de ter atingido um objetivo. Que seja comprar um carro, seja emagrecer, seja parar de fumar, seja beber menos, seja se vestir melhor, e OHH, me desculpem, mas eu tive força de vontade e determinação pra conseguir tudo isso. O melhor que as outras pessoas tem a fazer é olhar pra mim, perguntar como eu consegui e se eu dou uma força pra elas conseguirem também. Com isso que eu acabei de expor, quero que vocês entendam que eu não estou me achando a Angelina Jolie aqui, eu estou muito bem colocada no meu lugar, só que estou feliz e não pretendo mudar isso pras outras pessoas se sentirem melhores no mundo...
Eu sempre procuro pensar que cada um tem a sua prioridade. Até escrevi isso em um post sobre o balanço do ano passado. Eu não fiz isso ou aquilo, mas é porque naquela hora em específico eu estava com vontade de fazer outra coisa, então eu tenho é que me contentar e não ficar com inveja de quem fez o que eu não quis. Exemplificando: a MINHA prioridade foi emagrecer e fazer essas coisas que falei acima. Se a TUA prioridade foi outra, paciência. Se você tem invejinha da minha conquista, então transforme o MEU objetivo em SEU objetivo e toque a vida adiante.

Então é isso gente. Admito que engordei, até contei os motivos deliciosos que me fizeram cometer esse deslize. Mas eu estou lutando novamente, e é assim que se faz.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Mudança, banheiros e amigas passadas


Então eu resolvi não me mudar mais. Por enquanto, claro.
Na outra casinha que eu achei eu teria que ser responsável por tudo o que eu não queria ser e, mesmo depois de eu ter deixado bem claro que a maioria dos itens no contrato não haviam me agradado, pois eu trabalho das 8 às 17 e não tenho tempo pra ficar indo na imobiliária direto, a mocinha pediu duas vezes pra eu ir lá esclarecer minhas dúvidas (e isso que eu não tinha dúvidas, somente fiz comentários de porque eu não queria mais alugar o imóvel). Então eu desisti de dialogar e não respondi mais.
Aqui onde eu estou deu uma melhoradinha também. O proprietário esteve por aqui e fez umas melhorias legais na casa. Agora só fica me faltando uma garagem, mas eu prometo que vou sair perguntando na vizinhança se alguém tem uma garagem pra alugar...
O Ed ofereceu que eu deixasse o carro na casa dele e que quando eu precisasse era pra ligar pra ele que ele viria me buscar... Mas isso ta “mais na cara que nariz” que não dará certo, então eu pretendo fugir dessa ideia o mais que eu puder!


Hoje eu recebi um email de uma colega pedindo pra todas reclamarem da situação lastimável dos banheiros lá de onde a gente trabalha. Ela disse que ficou horrorizada ao ir pro banheiro e ver que, das 10 ‘casinhas’ que temos naquele banheiro, uma estava entupida (umas eu não lembro mais) e outras estavam nojentas de sujas, com papéis espalhados pelo chão, sujeira e não sei mais o que... Claro que, por um lado eu concordo que o pessoal responsável pela limpeza deve se dedicar um pouco mais aos banheiros, ou que a empresa deve aumentar a quantidade de pessoas que trabalham com limpeza, mas o que me indignou foi pensar que as pessoas que sujam o banheiro e o deixam nesse estado lastimável são as mesmas bonequinhas que ficam meia hora se maquiando em frente ao espelho e mais 15 minutos se olhando pra ver se a roupa está ok e se a calcinha não está aparecendo...
Eu já escrevi um post sobre isso, mas esse assunto me assombra. Como podem conseguir fazer tanta meleca e sair rebolando? Puxa, as vezes não é só papel, é xixi por tudo quanto é lado... Como fazem pra sujar tanto o banheiro de xixi? Carambolas gente, vamos ser mais caprichosas, por favor?!


Depois de muitos anos, uma pessoa que foi minha amiga na adolescência entrou em contato comigo dizendo que só agora ela percebe o quanto eu fui boa pra ela, o quanto eu a ajudei e o quanto ela se arrepende em ter feito tanta merd@ até acabar com nossa amizade. Coincidentemente, hoje de manhã, pela primeira vez, eu resolvi ir trabalhar ouvindo música e uma delas era uma da Pitty que dizia: “não espere eu ir embora pra perceber que você me adora”, e agora de noite eu fui jantar no China in Box e, quando abro o biscoito da sorte, me deparo com uma frase dizendo que amigos entrarão em contato depois de muito tempo, ou algo nesse estilo.
Eu ainda não respondi o recado que recebi dessa pessoa. Eu não sei exatamente o que responder, porque ao mesmo tempo que não quero parecer a bruxa malvada e mandar ela pras cucuias, eu também não quero ser educada. Enfim, eu simplesmente não faço questão de uma reaproximação. Ao mesmo tempo que tenho receio de ser educada demais e dar espaço pra mais um recado, eu não quero ser muito mal educada e dar a impressão de que eu me importo tanto, e também receio não responder e ela achar que eu não li, e aí ela começar me atacar por outros lados, hahaha. No fim eu acho que vou responder a verdade simples, que eu não quero aproximação, mas por hora me divirto lendo o recado e percebendo que, cedo ou tarde, as pessoas acabam dando valor pra quem merece. Infelizmente algumas pessoas percebem o quanto precisam das outras tarde demais, mas é assim que se aprende, imagino...

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Limpa a alma


Gente, como vocês já sabem, eu to fazendo um curso de corte e costura...
Sabe assim quando a gente entra em um lugar com dor de cabeça e como em um passe de mágica você fica duas horas dentro desse lugar sem dor de cabeça?
Pra mim, quando entro lá, é o paraíso... Eu esqueço de todos os problemas e me concentro em fazer uma coisa que eu adoro.
Hoje não era dia de curso, mas resolvi pegar umas peças e mexer. Peguei aquela camisa que eu fiz e coloquei mais três botões rosinhas, pra deixar ela mais fechadinha e não correr o risco de, de uma hora pra outra, abrir e me fazer “pagar mico”.
Peguei um vestido que eu tava fazendo e adiantei um monte de partes... Agora só falta terminar os detalhes, e o blazer que eu to fazendo também só tem um detalhe ou outro ainda por fazer.
Depois ainda tenho que fazer uma saia godê, que eu já sei fazer mas a profe não aceita que eu leve uma pronta, hehe, e também falta uma calça pantalona, que vem a ser uma bem no estido da que está no nosso molde. Eu até vou fazer, só pra ela anotar que fiz a peça, mas na primeira oportunidade vou cortar e deixar mais justa.
Aiai, me sinto imensamente bem em estar fazendo esse curso, nem sei o que será de mim quando ele terminar. Mas até lá eu descubro.

Consulta on-line a advogados


Semana passada eu estava estressadíssima com a situação ruim que ficou entre eu e a administradora do imóvel que estou.
Eu tinha certeza absoluta que ela daria um jeito de pegar todo o meu depósito caução pra arrumar uma infiltração no quarto causada por causa de um problema no banheiro do vizinho de cima... Até que liguei no PROCON e descobri que eu tinha é que levar uma notificação do que estava acontecendo.
Fiz uma notificação dramática, entregue na sexta, descrevendo tin-tin por tin-tin a situação em que se encontrava o banheiro e o quarto, disse que era urgente e que era motivo para rescisão contratual caso não fosse solucionado.
Como eu sabia que o proprietário estava prestes a vir pra cá pra fazer umas reformas que ele prometeu, fiquei o final de semana esperando e já que ele não veio, fiquei “no veneno” pra entregar outra notificação ou fazer qualquer coisa que pudesse dar um jeito de eu não pagar a droga da multa.
Fiquei com uma dúvida cruel: qual o tempo mínimo que deve existir entre uma notificação e outra? Bom, não conheço nenhum advogado, não achei a resposta no Google e fiquei me sentindo muito desamparada. Até que encontrei um site www.meuadvogado.com.br, e enviei a pergunta...
Estava esperando ser respondida, mas aí minha cunhada me lembrou (uma coisa extremamente óbvia, aliás) que eu poderia procurar o telefone de algum advogado daqui de perto e ligar pra ele. Num instante encontrei um escritório pelo site apontador e em questão de minutos tive minha dúvida esclarecida.
Na verdade eu entreguei a notificação com informação de menos. O “certo” (usual) de quando se entrega uma notificação, é especificar um prazo para que sua solicitação seja cumprida. Uma semana, 15 dias, 2 dias, tanto faz. Tem que ser um prazo “cumprível” pois você também não pode esquecer que a outra parte pode ter mais o que fazer do que obedecer você, rsrsrs.
Mas que, como eu não tinha colocado prazo e sim dito que era urgente, era pra esperar uma semana e retornar a ligação pra marcar um “papo”. Aí eu levaria o contrato e a notificação e ele me orientaria no que eu deveria fazer. O mais legal disso tudo é que quando eu perguntei se tinha que pagar ele disse que não, e aí eu retruquei que era ótimo, pois já tinha gente demais de olho no meu dinheiro, hahaha, que exagero...
Credo, parecia que tinha saído uma cruz das costas depois de tirar essa dúvida.
Terça feira o proprietário chegou e, como de costume, em questão de dois ou três dias já resolveu praticamente todos os problemas que tinha no condomínio, já me disse que é só eu deixar uma lata de tinta por aqui que ele mesmo pinta a parede depois que ela secar e que não precisa pintar as portas de marrom quando for sair.
Quando eu perguntei se ele me isentava da multa, pra minha surpresa, ele disse que até onde ele sabe o dinheiro da multa vai pra imobiliária (que foi a primeira coisa que aquela bru%@ me disse quando toquei no assunto e que depois ela disse outra coisa... Falei isso naquele outro post gigante que ninguém deve ter lido ainda, hahaha). Fiquei sem saber pra quem vai a droga da multa, mas também desisti desse páreo. Cansa demais brigar e lutar pelos nossos direitos, e é bem por isso mesmo que as coisas continuam a mesma droga que sempre foram, mas enfim... Do que vamos reclamar se tudo se resolver, né não? :P
Bom, o fato é que na verdade eu ainda nem sei se vou sair. A proprietária da casa nova até fez uns reparos que eu solicitei, mas nem devolveu a chave ainda pra imobiliária, ou se devolveu a imobiliária esqueceu de me avisar...
Eu cobrei, ninguém respondeu e então acho que vou esperar pra cobrar novamente semana que vem... Vaaaai que pedem pra ir assinar o contrato amanhã né, e aí eu teria que começar pagar aluguel sem poder me mudar ainda, e isso seria ruim.
Tá. Mas pra concluir eu queria dizer que recebi resposta no tal site que citei lá pra cima. A resposta foi bem séria e basicamente foi a mesma coisa que o outro advogado me respondeu por telefone. Gostei bastante e pretendo usar mais vezes. Fica a dica pra quem tem dúvidas e não sabe a quem perguntar...

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Administradores de imobiliárias e suas interpretações


Eu já comentei que me mudei muitas vezes, mas essa que estou querendo fazer com certeza será, de todas, a mais estressante. E olha que ainda nem corri atrás de caminhão pra mudança, gente pra me ajudar (além do meu irmão e meu namorado), caixas pra colocar as coisas e tal.

Cada dia surge um novo incômodo no imóvel que eu estou, e morar em um lugar onde a gente não aguenta é muito ruim... Preferir ficar trabalhando pra esperar as vizinhas dormirem, por exemplo, é uma coisa horrível.
Só que ultimamente as vizinhas não tem mais incomodado, agora apareceram pombos pra inutilizar meu varal, cagar no quintal inteiro e fazer barulho no lugar das vizinhas... E por último, pra piorar mais a situação do mofo no lugar, o proprietário fez alguma coisa na casa de cima que começou uma goteira (uma chuva quase) atrás da porta do banheiro.

Eu não sei o que aconteceu, mas deve ter estourado algum cano, ou a descarga está estragada, ou deixou a torneira da pia ligada, sei lá, só sei que cada vez que olho pro teto do banheiro eu penso que aquilo ainda vai cair na minha cabeça, e a parede do quarto está até ficando preta, pois a fase de ficar verde já passou faz uns dias... E por fora da casa então, nem falo...

Faz muito tempo, creio que uns 5 meses ou mais, que venho olhando casas nas imobiliárias pra tentar me mudar.
É muito difícil achar alguma coisa que sirva pra mim... Tem que ser pequena e barata, mas tem que ter garagem coberta... Também não pode ser muito longe do meu serviço, pois não adianta ser barata e ter que gastar o restante em gasolina e pedágio... E também não pode ser muito longe do namorado...
Enfim, olhei e olhei e agora que a situação piorou, pois fiquei sabendo que vou perder a garagem que eu alugo, acabei achando uma.

Quando eu vi na internet achei interessante, mas não sabia o endereço. Quando a imobiliária respondeu, falou que a casa estava sendo alugada. Droga. Resolvi esperar então até o final de semana pra visitar outras opções que eu tinha...
No final de semana, de todas as sei lá quantas casas que pedi o endereço, eu tinha só duas disponíveis em um endereço interessante.
Quando cheguei na imobiliária, por acaso perguntei dessa casa que estou tentando locar e falaram que ela estava com um agendamento de visita para o mesmo dia, e nesse caso eu não poderia ir visitá-lá. Fiquei uma arara (como diz minha mãe), pois ninguém tinha me avisado que ela estava disponível novamente, mesmo eu tendo perguntado se o status de alguma casa tinha mudado... Mas paciência, não adianta fazer barraco, se não pode tirar a chave, então que fiquem com a droga da chave.

Dei azar com as duas casas que fui visitar... Uma delas era estranha e a outra era um pardieiro.

Por sorte, a pessoa que foi visitar o outro imóvel não deixou reservado, então na terça feira eu fui dar uma conferida. É maior do que onde estou, só que precisa de uns reparos.

Diz a dona que “só vai arrumar o que estiver quebrado”, mas na minha humilde opinião eu só passei pra ela arrumar o que estava "quebrado"... Agora dependo da interpretação dela do que é quebrado e do que não é, rsrsrs.

Até conseguir que ela concordasse em arrumar foi um parto também.
Primeiro ela sugeriu descontar 100 reais do aluguel durante 6 meses e depois seguir com o valor normal, mas quando eu pedi pra colocar uma cláusula no contrato dizendo que eu não pagaria multa após 12 meses ela mudou de ideia dizendo que então ela conserta (o que estiver quebrado!) e eu pago o valor inicial, sendo que o contrato será feito de apenas 12 meses.

Coloquei os seguintes itens na minha lista:
1 – a hidra está quebrada e sem tampa; (caso o outro pedaço quebre, será praticamente impossível dar a descarga!)
2 – a porta do banheiro está pendurada somente por dois suportes quando deveria estar por três; (caso quebre mais um, a porta ficará totalmente solta!)
3 – a moldura do interruptor do banheiro está quebrada;
4 – a janela do quarto tem fechadura somente na parte de vidro. A parte externa está completamente desprovida de segurança (foto em anexo);
5 – o portão de pedestres só fecha com chave... A tranca existente para colocar um cadeado não encaixa (provavelmente devido a algum deslocamento entre a trava e o suporte);
6 – a fechadura externa da porta principal está solta e torta.

Creio que os itens 1, 2, 3 e 5 são de extrema importância, pois tratam da segurança do imóvel e dos moradores, mas não tiro a importância dos demais...
Eu sei lá o que ela vai dizer depois de ir lá, mas pelo que imagino ela vai só arrumar a fechadura da porta, pois pra arrumar a hidra (que realmente está quebrada) ela teria que chamar um pedreiro, e duvido que ela disponha de vontade pra fazer isso.

Ela que não leia meu blog, mas infelizmente, se mesmo depois de eu sapatear pedindo pelo amor de Deus que ela arrume o que está estragado e ela continuar se recusando, ou eu vou morar lá igual ou eu tenho a super sorte de achar outro lugar bom, o que já vi que é bastante difícil. E mesmo achando, ainda toma meu tempo (comercial) e, por consequência, meu dinheiro.

Aliás, falando de dinheiro, tem mais gente de olho no meu pobre dinheirinho... Não sei se é porque eu tenho um carro (vou colocar uma placa nele avisando que é financiado em zilhões de vezes...) e sou novinha (não riam), ou se tenho cara de babaca... Sei lá. Pode ser algum preconceito relacionado a cor do meu cabelo também, ou ainda relacionado ao meu sexo...

Vou explicar o xororô.

Ao enviar um email solicitando os procedimentos para rescindir o contrato na imobiliária atual, fui informada que tenho que pagar multa pra sair. Na hora eu devo ter trocado de cor várias vezes, e passaram várias cenas de morte e estrangulamento na minha mente. Mas me limitei a perguntar “como assim?” (algo do gênero) e ler o contrato várias vezes.

O problema é que a porcaria do contrato realmente diz (e só fui entender depois de ler e ler e ler, etc) que tenho que pagar multa.
Sóóó que quando eu fui assinar o contrato eu não tinha entendido essa mesma cláusula, então eu tinha perguntado o que aquilo significava... Na imobiliária, aquela "criaturinha sem vergonha de mentir", me disse que o que estava escrito ali era somente para o caso de eu sair antes de um ano, e que depois desse prazo não precisava pagar multa... Informação que, inclusive, foi confirmada por telefone algumas outras vezes, situações em que eu não sabia onde estava o contrato ou então tinha preguiça de procurar e ler...
Pra piorar, a minha vizinha me disse que a informação passada pra ela era a mesma de que não precisava pagar multa.

Isso tudo de nada me adianta se eu não tenho isso documentado, certo? É, fiquei sabendo isso depois de ligar no PROCON. Aliás, fiquei sabendo também que quando a goteira do banheiro começou eu deveria ter começado enviar notificações na imobiliária dizendo que isso era motivo para rescindir o contrato, coisa que agora também não me adianta muita coisa (mas mesmo assim levei a tal notificação).

Resumindo: “já era”, ou eu entro no tribunal de pequenas causas contra a imobiliária afirmando que recebi a informação um ano e meio atrás e levo minhas vizinhas (e o ex-vizinho também) para serem testemunhas, ou eu, no máximo, posso ainda tentar um acordo com o dono.
Ok, só que todo o processo de contato com o dono tem que ser através da imobiliária, então lá vai a Ana pedir pra administradorinha fofa solicitar a isenção da multa.

A resposta que obtive foi essa: “O caso da isenção é conosco, e não com o proprietário. E quando há quebra contratual não tem possibilidade de multa!”. Bom, ela tem uns problemas pra escrever quando quer xingar demais, mas ela quis dizer, imagino eu, que pra tratar de multas é com ela mesma e que não tem possibilidade de isenção.

Nessa hora eu dei uma de louca dizendo que me era surpresa saber que a multa era pra imobiliária ao invés de pro proprietário, mas aí ela ficou nervosa: “A multa é para o proprietário sim, porém nós como intermediadores sabemos que é de direito receber, então por isso, não adianta você falar com ele, visto que sua locação tem que ser tratada aqui conosco que foi onde você locou o imóvel!”.

Nisso eu também fiquei nervosa. Eu estou cortando vários pedaços do email, mas ela estava sendo muito ignorante comigo, só faltou me chamar de topeira, além de estar mentindo com a maior cara lavada que nunca tinham me passado a informação errada.
Liguei no PROCON e o atendente deixou claro que eu tenho o direito de saber se o proprietário quer cobrar a multa ou não.
Então eu disse a ela a seguinte frase, a mais polêmica de todas as minhas frases nos últimos tempos: “A multa é para o locador e é um direito dele receber, mas também é meu direito saber se, por acaso, ele está disposto a isentar o pagamento da multa, pelo fato de eu ser uma boa inquilina, efetuar o pagamento sempre adiantado, nunca ter atrasado e nunca ter causado incômodos”.
BAMMMM, depois disso, começou a deselegância, apesar que ela afirma que não quer ser deselegante comigo: “Não quero ser deselegante com você, porém você falar que paga certo algo que é de sua obrigação e querer levar alguma vantagem por tal ato, soa um tanto estranho!”.

Fala sério! Todos os administradores de imobiliárias do universo deveriam saber interpretar textos. Desde quando eu disse isso que ela entendeu? ERRRR, mas que coisa!

Depois ela ainda me disse:
Não ache que é seu direito pedir isenção, isso não é um direito, e sim um pedido! Ele pode não isentar, e vou entrar em contato com o mesmo também orientando ele no que for necessário!
 tenha um ótimo dia, e seu dever de estar sempre em dia não lhe dá direito de ser isenta de pagamento algum, só para seu conhecimento! Seu dever é cumprir o contrato!”

Esse pedaço eu deixei na íntegra, só de sacanagem... Vamos continuar então...

Aí eu tentei explicar: “Em momento algum eu disse que tenho "direito de ser isenta". Eu disse, e você pode reler se preferir, que tenho o direito de solicitar a isenção a ele. Fui informada pelo PROCON de que tenho o direito de saber se o proprietário quer cobrar a multa ou se não quer. Hoje em dia, com tantas pessoas de má fé, encontrar pessoas que pagam corretamente e não trazem maiores desconfortos é uma dádiva. Não é questão de tirar vantagem, é questão de observância.”

Não era meu dia, levei patada novamente: “Creio que suas informações estão divergindo com a Lei do inquilinato, que é onde você deve procurar orientação e não em Procon, aqui não vendemos serviços à você Ana, desculpa o meu jeito de falar, mas para mim o que você está dizendo está no minimo confuso, pois você acha que é seu direito pedir isenção de multa por pagar corretamente?, não isto não é direito, a palavra que você utiliza está incorreta com certeza!”

Mas que coisa! Não, eu não desculpo porcaria nenhuma esse jeito besta que você está falando comigo, pra que essa implicância? O que eu te fiz mulher?

Perdi a paciência, mas depois de escrever o email mais estúpido de todos, eu pedi ajuda pra um colega meu e, juntos, tivemos uma ideia melhor, que era continuar falando como uma boa cordeirinha, que era o que eu estava fazendo até então. Mandei um mega email pra ela. Escrevi tanta coisa e achei tão bonito que vou copiar. Faz tempo que não posto nada por aqui, então acho que não tem problema esse post ser gigante, rsrsrs.
Segue:

“Xuxu (aqui eu escrevi o nome dela),

Acho que você não está me entendendo... Vou tentar explicar novamente...

Anteriormente eu disse: “A multa é para o locador e é um direito dele receber, mas também é meu direito saber se, por acaso, ele está disposto a isentar o pagamento da multa, pelo fato de eu ser uma boa inquilina, efetuar o pagamento sempre adiantado, nunca ter atrasado e nunca ter causado incômodos.”

Analisando a frase como um todo, significa que é meu direito saber se o proprietário está disposto a isentar o pagamento da multa.

O comentário feito sobre ser boa pagadora não está ligado ao fato de eu ter o direito, e sim sobre o fato de o proprietário estar disposto a isentar.

Tudo o que eu estou falando é imaginando a seguinte solicitação: “Bom dia Seu sss, aqui é da imobiliária. A inquilina da casa 4 está solicitando a isenção do pagamento da multa contratual já que ela sempre colaborou para com o bem estar do condomínio... O senhor tem direito de cobrar a multa, mas pelos fatos expostos aqui e também pelo contato pessoal que o senhor já teve com a mesma, nós queríamos saber se ela pode ser isenta da multa... Nós sabemos também que o senhor está prestes a reformar o imóvel, então talvez até seja bom que ela saia sem maiores problemas...”

Não estou imaginando, sob hipótese alguma, o seguinte: “Bom dia Seu sss, aqui é da imobiliária. A inquilina da casa 4 está solicitando a isenção do pagamento da multa contratual porque ela afirma que tem esse direito já que é uma boa pagadora”.

Não, isso nunca. Eu nunca mencionei e muito menos disse isso, somente acho que fui interpretada erroneamente.

Eu liguei no PROCON porque eles podem sim me orientar. PROCON é o órgão de defesa do consumidor e eles entendem sobre contratos locatícios também. Tanto que o atendente disse que o PROCON só pode fazer valer o contrato, e que se eu quisesse entrar com testemunhas eu deveria entrar com um processo no tribunal de pequenas causas. Eu falo de testemunhas pois eu sei que o xxx saiu sem pagar multa e que a yyy também está sendo orientada que pode sair sem pagar a multa...
E eu sei muito bem que isso de nada me adianta se eu não tiver isso escrito, assim como de nada adianta eu saber que vocês falaram pra mim que não precisava pagar a multa se eu não tenho isso escrito. Por isso que o PROCON não pode me ajudar, mas eles podem me orientar. Agora você está dizendo que não falou nada e está insinuando que eu sou ignorante, e eu, infelizmente, não tenho como provar o contrário.

Mas eu não estou querendo confusão, devo repetir isso. Estou percebendo uma certa acidez nas nossas trocas de emails, e não é isso que eu quero. Sempre tratei você bem, sempre fui simpática nas ligações, creio que é impossível você ter esquecido disso.

Att.”
Bom, depois disso eu tive que sair e acabei indo lá pessoalmente antes de ver a resposta idiota que recebi.
Aíííííí, ela me disse que ela não vai pedir pedir isenção pra ninguém, que quem tem que pedir sou eu para o proprietário. Estranho né? É o contrário do que ela tinha me dito antes, na maior grosseria, pra que eu entendesse direitinho...

Mas enfim, agora tenho que esperar o proprietário vir nos visitar pra conseguir pedir isenção, e pedir pra ele dar um jeito no que ele fez pra ter tantas goteiras e tudo mais...

Duvido que ele me isente, mas não custa tentar, ele é gente boa (bom, eu achei que o motoqueiro também era gente boa né?).

A repercução das redes sociais


Exatamente eu não sei qual é, claro... Você só sabe o que chega até você, mas provavelmente tem muito mais agitação do que você fica sabendo...

Um tempo atrás eu fui em um “churrasco de bebê” de um casal de amigos meus e do meu namorado. Eles pediram pra levar somente fraldas da marca x ou y… Eu não sabia por quê de tanta exigência da marca, mas conversando com as mamães da minha equipe eu facilmente descobri que fralda é um saco, e que é melhor prevenir do que remediar (comprando uma fralda boa, que são essas ali, a x ou a y).
Ainda no mercado, depois de ficar extremamente assustada com o valor de um pacotinho de fraldas (...)
Parêntesis aqui: um pacote de Pampers com umas 90 fraldas, saiu por quase 60 reais, e isso porque estava em promoção... Considerando que um bebê use umas 10 (e nem é tão exagerada essa minha média) por dia, vai 200 reais só de fralda no mês! Jesus, que absurdo! Mas claro que devo ter errado as contas, pois nunca tive filho e nunca cuidei de um bebê, e também nunca procurei me informar sobre isso, mas já propus pro meu namorado de a gente começar fazer uma poupança. Não só pra comprar apartamento, pra casar, pra isso ou aquilo, mas também pra comprar fraldas.
(...), automaticamente eu pensei em fazer uma brincadeira. Tirar uma foto segurando o pacote de fraldas e colocar uma frase besta, bem do tipo da que eu coloquei: “eu sei o que vocês estão pensando!”, que não diz nada sobre eu estar grávida e, pelo menos pra mim, estava meio óbvio que eu não estava, por causa do tom de brincadeira usado.
Mas não é bem assim que as coisas funcionam. Uma amiga minha lááá de Campinas, que eu praticamente nem vejo mais por causa da rotina, ligou pra uma outra amiga minha perguntando se eu estava grávida! E elas ficaram indignadas pelo fato de eu estar grávida, estar fazendo festinha e tudo mais, comprando fraldas e nem ter contado pra elas, que absurdo!
Além delas, muitas outras pessoas vieram perguntar pra mim se eu estava grávida... Ouvi alguns comentários de que ainda era muito cedo (o relacionamento) pra isso, ouvi alguns parabéns e tantas outras coisas que fiquei pasma.
No final das contas eu dei risada, não me importei muito com o blábláblá, mas achei super interessante como as pessoas ficam de fuxico ao invés de vir e perguntar pessoalmente as coisas... Várias conhecidas perguntaram pras minhas amigas se eu estava grávida ao invés de perguntar pra mim e, credo, eu nem mordo!
Bom, isso não mudou minha vida, não mudou o que eu posto ou não nas redes sociais... Não vou ficar me preocupando em demasia com o que os outros vão pensar, mas também acho que tudo tem um limite... Postar publicamente todos os passos que você dá durante o dia eu acho desnecessário e perigoso... Tem gente aí que só falta falar quando vai ao banheiro também, pois todo o resto do dia eu posso ficar sabendo, se quiser...

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Curso de corte e costura

Se não me engano eu nem tinha contado isso ainda, mas estou fazendo um curso de corte e costura... Eu sempre costurei, desde a época de costurar na mão as roupas das minhas barbies, mas eu queria alguma coisa a mais... Não sei explicar exatamente o que, mas acho que sempre me faltou a técnica... Sei lá, enfim que eu sempre gostei dessa área e agora estamos aí...

Minha primeira criação foi uma saia reta, pra ser simples, rápido e prático.

A segunda criação, da qual estou realmente orgulhosa, é uma camisa social. Sim, eu fiz uma camisa social como segunda peça de um curso de corte e costura :D

Fiz algumas adaptações pra corrigir umas falhas, mas achei que ela ficou bonita igual.

Olhem as fotos da minha camisa LINDAAA!!!





Fala sério heeeein?! Amei, é difícil, mas quero fazer outra ainda, rsrsrs.

Trabalho infantil

Li uma notícia outro dia (BBC Brasil), falando que tem uma espécie de sindicato defendendo trabalho infantil em alguns países latino-americanos (sugiro leitura da noticia pra saber exatamente do que se trata).

Grr, esse assunto, sinceramente, me irrita. Vou tentar explicar, mas já aviso que provavelmente eu me perca em tanta coisa que tenho pra falar...
Primeiro, vamos às fontes:
Tem um texto interessantíssimo publicado na Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. No decorrer da leitura, fala muito que as crianças são exploradas em áreas como prostituição e trafico de drogas.
Mais abaixo, lê-se o seguinte:
O trabalho infantil na região urbana se encontra principalmente no setor informal, (...) sendo que 16% do trabalho doméstico não é remunerado. (...) Já no meio rural, dois terços das crianças e adolescentes não recebem salário. Esse índice inclui as crianças que trabalham com suas famílias. (...)”
“(...) A inserção no trabalho nas famílias de imigrantes italianos, alemães e poloneses do sul do país representa uma maneira de ensinar um ofício e ajudar na renda dos pais. Embora comecem o trabalho muito cedo, essas crianças não deixam de freqüentar a escola. Uma situação bem diferente é a das crianças que trabalham pesado, sem nunca freqüentar a escola.”

E, claro, não dá pra deixar de citar o documento da Secretaria de Direitos Humanos: Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador

- “(...) são deveres da família, da sociedade e do Estado: Assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
- “(...) considerando como exploração qualquer espécie de trabalho que prejudique a escolaridade básica.”
- “(...) piores formas de trabalho infantojuvenil, classificadas em quatro categorias:
a) todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, como vendas e tráfico de crianças, sujeição por dívida e servidão, trabalho forçado ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou compulsório de crianças para serem utilizadas em conflitos armados;
b) utilização, procura e oferta de criança para fins de prostituição, de produção de material pornográfico ou espetáculos pornográficos;
c) utilização, procura e oferta de crianças para atividades ilícitas, particularmente para produção e tráfico de drogas, conforme definidos nos tratados internacionais pertinentes;
d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.”
- “(...) Mas basta observar o cotidiano atual para perceber indícios de que ainda subsistem fortemente os elementos do velho paradigma. Muitas famílias continuam a enxergar o trabalho de crianças e adolescentes como uma forma de “prevenção” contra os males da marginalização. Convencer muitos setores da sociedade e do Estado do fato de que não é o trabalho precoce, mas sim a educação, que pode garantir um futuro melhor, continua a ser um grande desafio.

Depois de ler tudo isso eu fiquei mais calma, mas mesmo assim preciso dizer que me dá uma raiva imensa dessa gente que se importa demais com os outros. Pra começar que eu acho que se as crianças querem trabalhar, deixa que trabalhem. E chega de comparar trabalhos domésticos com prostituição e tráfico de drogas!
Lendo, percebi que eu faço parte da população que tem a “mentalidade perversa”, e que acha que criança tem que trabalhar...
Lógico que eu sou contra crianças trabalhando com drogas, prostituição, plantações de cana e essas outras formas de trabalho mais abusivo, mas comparar essas formas de exploração com o trabalho “caseiro” é sacanagem.
Eu acho sim que criança pode ajudar a lavar uma louça e que não precisa ser paga por isso... Qual é? Quem limpa a casa tem que ser a mesma pessoa que paga as contas, única e exclusivamente? Ou então devemos voltar praquela época em que um trabalhava e o outro cuidava da casa?
Hoje em dia empregadas domésticas são artigo de luxo... Aqui onde eu moro não é fácil “sustentar” uma espécie rara dessas. Além de ter poucas no mercado, ainda por cima custa uma fortuna (em média 100 reais por um dia de trabalho... As que eu conheci não trabalham as 8 horas). Considerando esse fato, não tem como trabalhar e ainda ter uma empregada.
Aí vai um pouco da minha criação, que foi em outra época (que não era chata e cheia de regras como essa... A época em que criança respeitava pai e mãe, assim como a professora), pois eu comecei trabalhar em casa quando deu a idade (acho que em torno dos 14 anos).
Óbvio que eu reclamava até pelos cotovelos, mas isso é porque adolescente reclama de tudo mesmo e não tem noção de quanto custa trabalhar pra pagar as contas... Mas depois que cresci, percebo que ter trabalhado foi bom... Hoje em dia eu sei cozinhar, limpar a casa, lavar e passar roupa... Eu não acho que fui explorada, eu ganhava as roupas que queria, os calçados que queria, tinha minha maquiagem, meus brinquedos, meu material escolar sempre em dia... Não tinha tudo o que queria e quando queria, mas ganhava. Eu trabalhei como babá por uma época também, e eu tinha meu próprio dinheirinho, podia economizar, controlar as moedas e fingir que era gente.
E tem o seguinte: pra fazer “tudo” o que minha mãe mandava eu demorava pouquíssimo (variava considerando a vontade de fazer e quanto eu demoraria bolando planos pra sabotar minhas tarefas sem minha mãe perceber), e tinha tempo de sobra pra brincar com minhas amigas, fofocar, escrever no diário, estudar (não que eu gostasse) e ligar na rádio pedindo pra tocar as músicas que eu queria gravar na fita.
Eu (e grande parte das pessoas da minha faixa etária e de faixas anteriores) sou a prova viva de que (pouco (vejam bem: eu estou não estou falando de escravidão, chicotada pra quando esquecer de lavar o cantinho do banheiro e deixar sem comida!)) trabalho infantil não atrapalha a educação, a moral, a hora de brincar e enfim, não atrapalha em nada.

E aí, falando de estudar, eu me lembrei de mais uma questão: querem tanto que as crianças só estudem, mas e quem disse que criança quer estudar? Sim, eu sei que temos exceções, mas eu nunca conheci uma dessas quando eu estava na escola... Ir pra escola e ter que prestar atenção já era um tédio, mas ter que fazer trabalho em casa e estudar pra prova era demais...
Quero dizer com isso que não adianta você “forçar” a criança a estudar. Comigo funcionava o “se você não passar de ano você vai ver só!”, “se você tirar nota abaixo da média você vai ver só”, mas é porque eu me borrava de medo do “vai ver só” (e além disso eu não queria ser mais burra que meus irmãos mais velhos).
Se você não deu a educação básica pro teu filho ele não vai estudar nem em casa e nem na escola, porque hoje em dia só obedece professor quem quer.
Na escola, quem não quer estudar pode escolher dois caminhos: ficar quieto ou incomodar. Quem optar pela segunda opção geralmente vai agredir todo mundo, física e/ou psicologicamente e o máximo que o professor pode fazer é falar. Se falar não adiantar, ele leva pro coordenador, e depois pro diretor. Convenhamos que se o aluno for mal educado, ele não vai ligar pra nada do que os três falarem. Aí chama-se os pais do meliante, e se os pais não conseguiram ensinar antes, qual a diferença pro “agora”?
Eu não conheço formas de “forçar” as pessoas a fazer coisas que elas não queiram fazer... Você não convence ninguém a pagar uma conta que não queira a não ser que a pessoa corra o real risco de ir presa por isso. Você não convence ninguém sem perigos reais, e ameaçar crianças a ficarem sem o brinquedinho preferido ou a não poder sair do quarto, sinceramente, não é nenhum perigo. 

(O trechoa seguir foi sugestão do Alexandre, pois eu não tinha explicado direito a ideia) 

Também não adianta tentar “forçar” (novamente esse forçar que não existe) a criança a trabalhar, a estratégia então seria convencê-la de que será bom para ela, para que não se torne uma “obrigação”. Como fazer isso eu não sei, mas creio que estimular com prêmios, presentes e coisas que você não costuma dar pra ela (um jogo de lápis de cor com mais de 12 cores, por exemplo, hahaha (sério, isso teria funcionado comigo!))... De qualquer forma, na minha humilde e antiquada opinião, é melhor ocupar a criança com afazeres, seja lá quais forem(domésticos ou ajudar os pais no comércio da família, por ex), do que deixá-los “à Deus dará”, apenas com o livre arbítrio de escolher entre estudar e brincar. Sim, jogos educativos também seria boa ideia, pois então você poderia deixar a criança “brincando” o dia inteiro, pois ela estaria estudando e nem perceberia... Outra ideia seria fazer alguma coisa que estimule a criança a sempre estudar pra tirar boas notas, mas aí estaríamos fugindo do assunto principal, que é o trabalho infantil, certo?

Bom, mas claro que temos que erradicar a exploração e blábláblá, mas dizer que criança e adolescente não pode trabalhar é um exagero.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu te amo (?)


Como a gente mostra pros outros que gostamos deles? A gente tem mesmo que mostrar que gostamos com gestos, coisas, palavras ou é só você fazer parecer que gosta e ta tudo certo?

Lá em casa a gente não tem muita melação. Eu amo todos e sei que todos me amam, mas eu não preciso que fiquem me abraçando, me pegando no colo, me beijando e me dizendo constantemente que me amam pra ter certeza disso. E não é que eu não goste de carinho, é só que não fui acostumada a ser assim... Provavelmente a criação que meu pai e minha mãe tiveram também não foi assim, e meus avós também não e assim por diante, e isso fez com que meus pais não tivessem necessidade, ou costume (ou sei lá como chama isso) de ficar abraçando e dizendo que amam, pois pra mim sempre foi bem óbvio...
Acredito que tenha sido por isso que eu passei vinte e seis anos da minha vida sem dizer (ou pelo menos que eu me lembre eu nunca tinha dito) que amo eles. E, basicamente, essa ideia de “falar” que amo nunca tinha passado pela minha cabeça (e eu sempre achei isso normal).
Mas depois de um tempo, e eu não lembro exatamente os motivos, eu resolvi falar, com todas as letras, que eu amo meus irmãos, meu pai e minha mãe. Mas e conseguir falar? Parecia que quando eu ia falar “eu te amo”, e são tão poucas palavras né(?), tinha uma melancia na minha garganta, que não deixavam as palavras saírem, e tinha também um balde de água atrás dos meus olhos, prontinhos pra começarem a se derramar em lágrimas quando eu abrisse a boca.
Mas por que tanta barreira de falar uma coisa óbvia e simples? Sei lá, acho que é só porque eu nunca tive o costume... Nunca precisou ser dito... Mas começou povoar a minha cabeça que eu não esperaria alguma coisa ruim acontecer pra falar. Não queria ser uma pessoa que pensasse, num futuro MUITO distante, quando meus pais ou irmãos falecessem (porque sim, isso é, infelizmente e imutavelmente um fato, e sim, eu gostaria que eles durassem pra sempre, ou pelo menos até que eu morresse... Mas aí é complicado também, porque aí significaria que eu queria que eles sofressem... (será?? Muito complicado esse assunto, rsrsrs)), que “ohhh por que eu nunca disse que os amava ainda em vida(?)”. Bom, problema resolvido (e é claro que esse não é o único motivo pelo qual eu falei, dãr!).
Mas enfim, um dia, “do nada”, eu falei pro meu irmão mais velho que eu amo ele, e peguei tanto na surpresa que ele deu uma pausa antes de me responder... Foi muito difícil dizer, mas saiu. Pra minha mãe não foi assim tão difícil, pois eu já tinha “falado eletronicamente” pra ela... E pros meus outros irmãos também foi relativamente fácil.. Só que quando fui falar pro meu pai as minhas pernas fraquejaram e eu achei que não conseguiria... Mas consegui, e me saiu um peso muito grande das costas... E eu adorei falar, muito mesmo, porém isso também não mudou o fato de que eu ainda não sinto a necessidade de viver falando que amo eles, nem de ficar abraçando e beijando, e ligando pra bater aquele papo furado...

Aí que eu acabei conversando por aí e fica aquela dúvida: será que nós gostamos menos do que os outros? Pois eu tenho amigas que abraçam as mães, que beijam, que ficam repetindo que as amam... Será que eu amo menos a minha mãe do que elas, só porque eu não ligo pra falar como o tempo está? Hmm, acho que nããããão. Eu amo muito minha família, tanto que dói, absolutamente normal...

É um tanto estranho essa diversidade e eu nem sei como explicar por que é que eu acho estranho...

Só que quando eu comecei namorar eu percebi que tem uma diferença entre ser óbvio que você goste dos pais e ser óbvio que você goste do companheiro... E aí, será que seu companheiro está acostumado a achar normal você nunca dizer que ama ele (a)?
Não, difícil... Mas isso é muito complicado também, pois como é que você sabe se você gosta, ama, está apaixonado pelo seu companheiro? O que é amar, afinal de contas?

Haha, é, eu fui pesquisar:
- Amor: Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser. (...) Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer ser vivo ou objeto.
- Paixão: É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio. (...) O sentimento exacerbado entre duas pessoas é um exemplo de uma paixão. A paixão pode ultrapassar barreiras sociais, diferenças de formação, idades e gêneros. A paixão completamente correspondida causa grandiosa felicidade e satisfação ao apaixonado, pelo contrário qualquer dificuldade para atingir essa plenitude pode trazer grande tristeza pois o apaixonado só se vê feliz ao conseguir o objeto de sua paixão. (tem um texto muito interessante do ponto de vista biológico sobre a paixão... Recomendo o link!)

É, é bem confuso, no final das contas...

Depois de fugir um pouquinho só do assunto inicial, vamos voltar e colocar as ideias nos eixos.

Resumindo a ópera: eu tenho certeza que não é preciso demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros. É bom, é gostoso e interessante, mas não é necessário.
Mas as pessoas são diferentes e algumas devem achar que é necessário, tanto que vivem fazendo... Ou elas são falsas (coisa que duvido, nesse caso de família)... Mas eu posso garantir que, mesmo não achando que precisa, é muito bom fazer coisas agradáveis para os nossos amores de vez em quando... É uma satisfação imensa, um carinho que transborda. Eu recomendo apesar de não ser muito praticante ;)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Laser de CO2 - as impressões gerais

Faz tempo que eu não falo nada sobre isso, mas é porque minha internet está realmente muito ruim...
E também porque eu tenho esquecido de tirar fotos, mas eu prometo que providenciarei isso...
Antes das fotos, conto quais as impressões que eu tive.

A pele, de uma forma geral, está mais homogênea... Aparenta ter menos poros, menos manchas e menos linhas de expressão, MAS eu olhei com aquele olharzinho de quem quer botar defeito e percebi que as manchas não saíram, só amenizaram, assim como os poros, e acho que as linhas de expressão pouco mudaram...

Enfim, eu recomendo, mas depende do valor... Se for barato, façam. Dói, mas a pele fica muito bonita... Dá mais efeito ainda quando eu passo uma maquiagem, pois parece uma "pele de bundinha de nenê", rsrsrs.

Aguardem as fotos, eu prometo que posto em menos de um mês (MWAHAHAHAHAHA (risada maligna)).

Presente ou ausente

E agora, o que eu dou? Quanto eu gasto? Onde eu escondo?



Uma época eu era bastante ligada nessas convenções de dar presentes em determinados dias... É um presente no dia do aniversário, um na páscoa, um no natal, um no dia tal e outro no dia tal.

Até que tentava fazer certinho, mas quando a distância entra na vida da gente, como eu faço pra comprar um presente especial pra uma pessoa que eu amo e entregar no dia certo (e sem dar o abraço que deveria acompanhar o presente)?

Então eu desencanei. Agora eu acho que a gente tem que dar um presente que seja “o presente certo”. Aquele presente que você tem certeza que a pessoa vai gostar, que é a cara dela, que ela precisa ou que ela quer ou sei lá.

Isso começou quando resolvemos organizar um grupo de presentes aqui na empresa... Eramos em praticamente 50 pessoas e o pequeno grupo da organização tinha que comprar um presente com um determinado valor, e o escolhido foi 100 reais. Depois percebemos que é muito difícil você comprar um presente de 100 reais. Um que agrade de verdade e que a pessoa não se sinta lesada. No final das contas (do ciclo) cada um pagava o seu presente...

Mesmo assim eu percebi que é muito melhor você se esforçar e entregar um presente atrasado pra agradar a pessoa que vai receber do que comprar qualquer coisa de ultima hora, vulgo “presente coringa”. Ah, se é mulher vamos dar uma bijuteria ou uma blusa e se for homem vamos dar uma camisa de time de futebol. Blééé, errado!

Assim, um belo dia, do nada, eu resolvi fazer um presente especial pra dar pra minha mãe... A gente já tinha dado blusa, livro, TV, cama... Não tinha mais o que a gente dar pra equiparar com os últimos presentes, então eu preferi dar uma coisa especial. Comprei uns tecidos, um álbum de fotografias e personalizei, com todo o amor que eu tinha. Dei com a maior satisfação do universo, pois por mais que não era um carro nem uma jóia cara, era uma coisa especial, que ela sabia que eu tinha dedicado horas do meu tempo pensando em agradá-la. Se deu certo não posso dizer (quem pode dizer é ela, mas também é provável que ela diga que gostou, kkkkk, então não precisa dizer nada!), mas que eu dei um presente muito mais confortável do que se eu estivesse dando um brinco de ouro, com certeza foi.

Pras minhas amigas eu resolvi fazer uma nécessaire. Comprei os tecidos coloridinhos, a espuminha pra ficar mais grosso, a cola e tudo o que precisava e costurei bem fofo. Coloquei dentro, pra uma sugestão de uso, uma calcinha e uns absorventes. Achei que era um presente lindo e útil, e feito com muito carinho. Eu penso que isso é muito mais legal do que se eu tivesse, de ultima hora e por obrigação, passado numa loja e comprado uma correntinha com pingente pra elas, ou uma toalha de banho...

Claro, não quero dizer que ganhar correntinha com pingente ou toalha de banho não seja legal... É claro que é... Eu mesma uma vez comprei duas pulseiras quase iguais, uma pra mim e outra pra minha mãe e dei a dela com o coração transbordando de mel... E outra vez pedi pra bordar um “eu te amo” em uma toalha pequena de rosto e entreguei pro meu pai...

O que eu quero dizer é que não precisamos nos apegar tanto assim às datas... Acho que é melhor você dar presentes em dias aleatórios, mas presentes com carinho, com dedicação.

Você pode ter pensado e pensado e resolvido que o que eu mais gostaria de ganhar é uma presilha de cabelo, mas então é ótimo, pois se eu ganhar a presilha e gostar como você achava que eu ia gostar, esse será um dia em que eu ficarei realmente MUITO feliz!

O valor do presente é outra coisa que eu não me atenho muito... Você pode me dar um presente de 200 reais e eu te dar um de 5, mas se nós gostarmos igualmente, acho que está tudo bem... Não é como em um amigo oculto, onde você se sente lesado... É uma troca de presentes, e ela não precisa ser obrigatória e/ou de um determinado valor pra fazer efeito ou ter sentido!

Um dos presentes que eu ganhei e nunca vou esquecer foi um que a minha amiga Sharon me deu... Era um imã de geladeira com uma canetinha pra anotar a lista de compras... Eu amei aquilo, sofri até dizer chega quando a canetinha sumiu, e eu me lembro daquilo com carinho até hoje... Eu não sei se ela se importou com o valor, se foi caro ou barato... Simplesmente ela acertou em cheio uma coisa que eu adorei. Outro presente memorável, que faz meus olhos brilhar toda vez, é um sapato que eu ganhei aqui do pessoal da equipe no meu aniversário passado. Me pegaram de surpresa e acertaram em cheio. E não posso deixar de comentar de um brinquinho que minha mãe me deu, simplesmente era do modelo exato que eu queria. Lindo, pequeno, básico e prático (na verdade quem me deu foi meu pai, mas quem comprou foi ela, rsrsrs).

Outra vantagem em não se ligar muito em datas é que você não precisa esconder os presentes... Nessa páscoa eu percebi que meu namorado queria um ovo de chocolate daqueles redondos... Antes que ele se mexesse e comprasse um, comprei e dei. Peguei ele de surpresa e ele adorou, lógico. No domingo de páscoa ele não ganhou nada, mas eu já tinha conseguido deixar ele feliz, e tenho a certeza que foi mais legal ter pego ele de surpresa do que ter dado um ovo de páscoa “qualquer” no dia certo ou então um ovo que ele já tinha experimentado...

Presentes são legais, é claro... Todo mundo gosta (ou não) de ganhar e dar (ou não). Mas chega uma hora que não tem mais o que dar! Ou também, se você não se importar, você pode dar um vinho pro teu pai todo ano, ou dar um ursinho pra namorada em todas e quaisquer datas comemorativas... Ou um buquê de flores, ou então uma camisa social pro chefe... Enfim, dê a mesma coisa se quiser, não é uma regra que as pessoas são mais felizes dando presentes legais do que dando “quaisquer” (depende do ponto de vista de cada um) presentes. Só estou dizendo que pra mim funcionou como uma luva. Prefiro atrasar ou dar um presente em um “dia normal”, mas agradar!

O que fazer com o animal de estimação dos outros

Esses dias uma pessoa reclamou no facebook que mataram o animal de estimação do irmão, e que isso estava se repetindo nas redondezas... Disse que não consegue entender o que passa na cabeça de uma pessoa que tem a capacidade de dar veneno para os animais de estimação dos outros...

O post em si não é pra, exatamente, responder ao questionamento, pois obviamente eu não sei o que passou pela cabeça de quem deu veneno pros animais lá, mas como eu não gosto muito de animais de estimação em geral e não estou dentro do caso (posso ter uma opinião fria a respeito), pensei no assunto e resolvi jogar a moeda do outro lado.

Veja bem: eu moro de aluguel e o meu vizinho tem um cachorro extremamente irritante. Acoa até pelos cotovelos e faz um escarcéu, não importa o horário ou o dia da semana e enfim, ele (me) incomoda o dia inteiro... Eu não matei e nem vou matar o cachorro dele, pois isso não faz parte do meu perfil e provavelmente eu ficaria com isso me atormentando pela eternidade, MAS devo confessar que eu odeio aquele cachorro e queria que ele sumisse do mapa, se mudando dali ou tanto faz.

Se eu, um belo dia, chegar pro meu vizinho (que eu nunca vi a fuça, inclusive) e pedir pra ele dar um jeito de o cachorro dele calar a boquinha, o que ele vai fazer? Primeiro que dificilmente as pessoas são bem educadas nessas situações de stress, então é fácil que ele não fosse receptivo à minha critica ao bicho de estimação dele. Se ele fosse e entendesse a minha situação, ele poderia fazer o que? Ele poderia fazer uma reforma na casa dele, jogando a casa pra trás e colocando o canil na frente (coisa que só resolveria o meu problema, mas arrumaria problema pros outros vizinhos e talvez até pro dono do cachorro, pois o quarto, acredito eu, é na frente da casa), ele também poderia levar o animal numa veterinária pra fazer aquela operação que arranca fora a língua dos animais pra eles não fazerem mais barulho (pelo menos, a muitos anos atrás, eu tinha ouvido falar dessa operação, mas teve um bafafá tão grande que nem sei se ainda fazem. E outra: esse cachorro não faz “barulho” só por acoar... Ele brinca muito com alguma coisa muito barulhenta) ou então ele se mudaria.

Simplesmente não consigo ver muitas outras alternativas, e duvido muito que meu vizinho tomasse alguma atitude... Provavelmente eu teria que me mudar pra me livrar desse cachorro em questão, mas aí na próxima vizinhança eu poderia encontrar um cachorro ainda pior, ou vizinhos ainda piores, e enfim, nem sempre se mudar resolve os nossos problemas.

Só que aí eu tenho uma vantagem por morar de aluguel, então ainda que não resolva meu problema, eu posso me mudar. Mas e quem mora na casa própria, faz o que? Se mudar por causa do bichinho de estimação do vizinho é muito mais complicado e provavelmente dá bem mais dor de cabeça do que comprar veneno e jogar por cima do muro!

Blééé, eu sou contra matar animais de estimação, sendo seu ou sendo dos outros, mas eu sou muito contra o teu animal de estimação me incomodar! Se é você que está me incomodando eu converso com você e posso obter sucesso (ou então eu chamo a policia), mas quando estamos falando de bichos a situação complica!

Sendo assim, uma das prováveis coisas que passam pela cabeça de quem mata o animal de estimação dos outros é que o bicho é muito irritante e que não adiantaria conversar com o dono... Aí você ficará indignado pensando que era pra ter falado com você primeiro, mas antes de acontecer uma coisa super grave as pessoas não pensam muito nas conseqüências... Correm demais até sofrer um acidente, bebem demais até ter cirrose, fumam demais até o câncer no pulmão, comem demais até entupir as veias e deixam os cachorros de estimação fazerem barulho à vontade até que alguém dá veneno (pro teu bicho, pois quando a pimenta está nos olhos dos outros, não arde no nosso).