quarta-feira, 15 de julho de 2015

O Casamento

Acabei de constatar que nunca tinha escrito nada sobre o casamento, e se duvidar nem nada sobre o noivado também, então se preparem pois suponho que esse post ficará enorme, hahaha.


A decisão

Desde o início eu falei pro Ed que não queria ‘ser enrolada’. Sim, eu falei. Eu acho que não há necessidade de namorar por muito tempo... Depois de uns dois ou três anos você já conhece a pessoa o suficiente, e acredito que não vai conhecer mais se ficar outros oito anos namorando.
Também nunca achei atraente nós termos uma vida praticamente de casados, sendo que o Ed ainda morava com a mãe e nunca precisava me ajudar a limpar a casa (nunca escondi que odeio fazer serviços domésticos, aliás, nem dele eu escondi... Se não me engano já nos primeiros dias de namoro eu avisei que ele tinha conhecido uma namorada e não uma empregada doméstica).
Sendo assim, mais ou menos um ano depois de nos conhecermos, eu já comecei falar sobre casamento. Percebi que ele não estava muito confortável sobre o assunto... Aí fui conversar com uma amiga sobre o assunto e ela disse que achava que eu estava pressionando demais querendo falar de casamento tão cedo.
Eu aguentei firme minha vontade de ficar divagando sobre esse assunto quando estava com ele, e deu certo, pois um tempo depois eu perguntei e ele confirmou que se sentia desconfortável ao falar sobre casamento (àquele tempo, no caso).


O início

Nós nos conhecemos pessoalmente em 02 de dezembro de 2011 e casamos em 27 de junho de 2015. Deu 1303 dias / +- 186 semanas / +- 43 meses / 3 anos e 7 meses.
Decidimos o dia quando visitamos o Buffet.
Era a saga da visitação de espaços, e aquele espaço nós achamos perfeito. Não tinha mezanino e nem eram dois pisos, não precisava subir escadas nem pegar elevador. O lustre logo na entrada foi o colírio. A combinação do lustre com a mesa de espelhos ficou maravilhosa aos nossos olhos, e a decoração deles era simplesmente perfeita pra mim  (Ed não se importava muito com a decoração, então eu escolhi sozinha UHULLL).
Era mais ou menos agosto, e decidimos casar em outubro, só que o buffet fez um desconto legal pra casarmos em junho. Escolhemos o dia 27 pra demorar mais pra chegar (já bastava ter escolhido uns meses antes da ideia inicial, então pelo menos o dia teria que ser mais pro final do mês).
Depois disso, pagamos o espaço à vista e parcelamos a decoração e o buffet em 10 vezes, e isso tudo no mesmo lugar, que foi o espaço Kazuah, em Osasco.


A preparação

Aí em seguida contratamos a fotografia e filmagem. E pronto, já tínhamos tudo o que precisávamos pra casar, kkkkk.
Depois decidimos pelo mestre de cerimônias, pois alguém disse que a cerimônia com o juiz é meio rápida e sem graça. Pagamos em duas vezes, metade na entrada e metade em junho. Pagamos o bar tender à vista e depois pagamos mais um pouco pra ter copos de acrílico ao invés de copos de plástico.
O sapato da noiva comprei dois, mas acabei não usando nenhum dos dois e optando por um que eu já tinha em casa...
E aí é aquela coisa. São muitos detalhes.
Pra me ajudar eu peguei um checklist no site vestida de noiva, e era bem completo: http://vestidadenoiva.com/checklist/.

Minha planilha – simples -  de orçamento, tinha esses itens que estão abaixo.
Depois de um tempo, resolvemos aumentar o tempo de festa pra 8 horas, e então por isso que vocês verão umas linhas de “extra”.

BUFFET
SALÃO
DECORAÇÃO E BUQUÊ
BAR
SAPATO NOIVA
TRAJE DO NOIVO
WHISKY
MAKE E CABELO
FOTO E VÍDEO
BIJU
PAPEL PICADO
TOPO DE BOLO
LEMBRANCINHAS - BOLACHA
CONVITES
HORA EXTRA BAR
LEMBRANCINHAS - PADRINHOS
BRIGADEIRO DE COLHER
VESTIDO NOIVA
KIT FESTA
LUA DE MEL VOO PARA NATAL
ESTACIONAMENTO/VALLET
CASAMENTO CARTÓRIO
CHINELOS
CERVEJA CASAMENTO
MESTRE DE CERIMÔNIAS
LINGERIE
ASSISTENTE
HORA EXTRA SALÃO
2 SEGURANÇAS
GERADOR
COMIDA DA MADRUGADA
DOCES EXTRAS
LUA DE MEL HOTEL EM NATAL
LUA DE MEL HOTEL EM PIPA
NÚPCIAS
EXTRAS DO DJ

Sobre os valores, nós gastamos algo em torno de 53 mil, mas não vi necessidade de colocar a coluna de valores aí em cima... Nós ganhamos uma rica contribuição dos meus pais e da minha sogra pra ajudar pagar as contas, e sem eles nós estaríamos encrencados agora, hahahaha.


Os últimos momentos









Casamos no civil no sábado anterior, e pegamos a semana de licença pra organizar os detalhes finais.
Fomos buscar alguns convidados no aeroporto, buscamos e organizamos os chinelos, assistimos o restante do breaking bad, etiquetamos o que teria que ser levado pro buffet, e, tchatchatcha tchannnnnnnn, colocamos o brigadeiro de colher nos coraçõezinhos de acrílico...
Pra essa última etapa, precisamos da ajuda de todos os parentes.
Eu me arrependi umas trocentas vezes dessa ideia do brigadeiro de colher.
Nós achamos o bem casado muito caro, e então eu resolvi que faria eles em casa. Assisti vídeos de bem casado e resolvi que nós nunca conseguiríamos faze-los. Aí veio a ideia do brigadeiro de colher, mas sinceramente hoje eu acho que deveríamos ter encomendado de alguém, pois dá muito trabalho.
Ok, passou.
Bom, eu me senti uma barata tonta quando todo mundo começou chegar.  Tinha muita coisa pra fazer, pra organizar, e eu nunca fiz isso na vida. Nós nunca tínhamos recebido ninguém em casa, e pra piorar ainda tinha que organizar a linha de produção dos brigadeiros de colher, ahahaha. Sério, não recomendo deixar o brigadeiro de colher por último.
Ah sim, nós demos de cara com um brigadeiro de colher da Nestlé, e então achei muito mais fácil comprar pronto do que fazer em casa... Mas mesmo assim dá muito trabalho.
Ok, parei de falar disso.

Só vou colocar umas fotos:


Joguei tudo na pia pra lavar...





O dia

Fiz as unhas no sábado de manhã bem cedo.

Minha manhã foi bem tranquila... Fomos no aeroporto uma vez só nesse dia.
Almocei, descansei.
Meu horário no salão de beleza era às 15. Aí como resolveram inaugurar uma rua aqui do lado e o trânsito ficou péssimo, saí de casa 14:30. Cheguei lá uns 20 minutos antes do meu horário. É tão perto que se eu tivesse ido a pé teria chegado antes, mas com vestido, saiote e tudo mais é sem chance ir a pé, rsrs.
Cheguei lá e a primeira coisa que fiz foi avisar que cheguei e que meu horário era às 15. A segunda coisa que falei foi que eu estava SUPER tranquila, e que a ÚNICA coisa que me faria ficar nervosa seria elas atrasarem. Mas elas me GARANTIRAM que não atrasariam e que às 19 horas eu sairia de lá.
Explico: meu casamento foi marcado pras  20 horas, mas a hora do convite era 15 pras 20, e eu ODEIO me atrasar, pra qualquer compromisso que seja. Sempre prefiro chegar antes e ficar sozinha esperando do que chegar atrasada, então por isso eu marquei pra sair do salão uma hora antes de eu entrar... Imaginei que elas fossem atrasar um pouco, mas mesmo que atrasassem meia hora ainda daria tempo de eu chegar e entrar às 20.
Fiquei no salão esperando pra ser atendida até perto das 16:30. Fui até conferir o horário no celular (eu tinha impressão que tinham me atendido às 17), pois depois que elas fizeram a escova eu mandei uma mensagem no whats app da minha cunhada.
Eu não gostei da escova, ela ficou péssima e meu cabelo parecia uma vassoura, mas não reclamei pois imaginei que não precisariam se preocupar com a escova uma vez que fariam cachos, afinal não manjo nada de “cabeleireirismo”. Se liga na foto... Sério gente, meu cabelo NÃO É FEIO ASSIM:


Aí duas assistentes enrolaram tudo, passando um spray antes e construindo os cachos com o baby liss.
Depois foi feita a maquiagem, que eu gostei muito! Os produtos são de primeira linha e a maquiadora é sensacional.


Teve até quem disse que “nem parece você”, coisa que eu discordo, pois parece comigo sim, só que maquiada (ninguém fica tão diferente assim depois de uma camada de base e um cílio postiço), só fica uma versão mais, tipo, “maquiada”.
Bom, quando era mais ou menos 18 horas foi quando avisei a última vez que eu não queria me atrasar. Depois disso eu constatei que, apesar de estarem me garantindo que eu não me atrasaria, seria isso mesmo que aconteceria, e aí eu comecei a ficar nervosa. Minhas mãos gelaram e eu comecei ficar mais quieta.
Quando eram aproximadamente 19:30 eu ainda não estava de penteado feito. A cabeleireira achou que os cachos não estavam bons e mandou fazerem outros.
Então elas pegaram mecha por mecha, pentearam, passaram spray novamente e baby liss novamente. Meu cabelo ficou duro e com um aspecto ruim. Mas o penteado final ficou lindo.


Quando ela colocou a tiara eu achei maravilhoso, e com o véu eu me achei linda.
Me vesti o mais rápido que consegui nervosa como estava. As mãos estavam frias e meio duras, mas tudo deu certo.
Saí do salão às 20 (conferi agora também no whats app). No carro eu não estava TÃO nervosa (quem me viu entrando entende porque falo isso, hehe). Quando eu estava chegando no salão minha cunhada avisou pra ir devagar, pois um casal  de padrinhos ainda não havia chegado. Eu só perguntei de que casal se tratava e minha resposta foi “pqp”, kkkkkk.
Bom, realmente eu detestei ter me atrasado, mas se eu tivesse chegado no horário eu teria ficado esperando lá fora, então todos concordaram que “deu tudo certo”, mas mesmo assim odiei ter me atrasado.
Mas aí quando nós estacionamos lá na frente os padrinhos já haviam chegado, e não precisei esperar nadinha.
Aí eu saí do carro e sei lá o que deu, eu fiquei mega hiper blaster tri nervosa. Eu queria chorar, mas as vezes queria rir, as mãos estavam geladíssimas, mas eu não estava com frio.
Aí tudo começou e depois eu entrei. Eu nunca me vi tão nervosa, achei que ia beijar o chão.
Quando cheguei no Ed, minhas mãos e pernas estavam tipo enformigadas e sem sensibilidade. Tomei uma água e depois disso tudo aconteceu muito rápido.

Se liga na minha mão: kkkk



Ahhhh agora eu tava bem já hehehe


Acho que nunca vou me esquecer da minha sogra me falando que eu não comeria nada no casamento, que não adiantava eu ficar enchendo o saco por causa da comida (ela não usou essas palavras, claro). E eu dizia assim  “é minha festa, eu estou pagando e eu vou comer de tudo e beber muito”. Pffff, mal consegui comer, mal consegui beber, e nem consegui cumprimentar todo mundo e tirar foto em todas as mesas.
Quando vi o salão estava vazio e a gente tinha que sair.
Pegamos o que sobrou dos brigadeiros de colher, das bolachas de chopp, uns salgadinhos e docinhos, bolo, uísque e tal, e fomos pro hotel. A pé. HAHAHAHAHA eu queria ter visto a cena.
Dormimos que nem dois anjos.
E aí FIM.

sábado, 11 de abril de 2015

Minha opinião sobre os 10% do garçom

Só pra variar, aqui estou para reclamar de uma coisa que me deixa indignada.
Quero deixar claro que essa é a minha atual opinião, e que se você usar argumentos bons a favor de outro ponto de vista, sim, eu posso vir a mudar de opinião, ok?
Pré-história 1: eu e o Ed fomos viajar pra Salvador esses tempos, e um dos passeios que nos falaram que era imperdível era Arraial d’Ajuda. Fomos com a CVC mesmo, de ônibus, aí o ônibus deixou a gente em um restaurante na beira da praia, meio isolado, e a gente resolveu ficar por lá mesmo, pra não correr o risco de ir pra longe e perder o horário de voltar (obviamente eles sabem que a gente pensa assim, e por isso devem levar a gente praquele lugar, hehe).
O restaurante, que eu não lembro o nome, tinha um muro de pedras pra separar as áreas do lugar em duas, uma que ficava mais embaixo, na areia da praia mesmo, onde você podia molhar os pés na água caso viesse uma onda mais forte, e outro lugar mais acima, antes do muro, que também tinha areia, mas que não correríamos o risco de ficar molhados.
De início fomos para as cadeiras na praia. Pedimos uma cerveja ao garçom, super educado e atencioso, inclusive, e ficamos aguardando, até que vimos que as ondas não estavam pra brincadeira, e então subimos e ficamos na parte “seca”. Lá não fomos mais atendidos por aquele garçom, e, aliás, praticamente nem fomos atendidos, pois foi péssimo. Demorava uma hora pra conseguir cada cerveja, e pra almoçar foi outro parto. Por um lado é bom, pois a cerveja era cara e assim não gastamos muito, mas eu também não tinha dito que a gente foi pra lá pra economizar, certo? Bom, quando a gente cansou de ser mal atendido, resolvemos fechar a conta, pagar e ficar sentado lá perto da van que nos levaria pra balsa.
A pessoa do caixa adicionou os 10% e eu falei que não queria pagar. A pessoa retrucou dizendo que eles avisaram que seria cobrado, pois estava escrito no cardápio. Eu rebati falando que não era obrigada a pagar, e que não queria pagar, e também que, inclusive, não pagaria, pois fui mal atendida. Depois de “muita tensão”, a pessoa concordou em não me cobrar o adicional, paguei e fomos sentar. Antes mesmo de encostar a bunda no assento, o garçom (aquele primeiro, o legal) veio tirar satisfação de por que a gente não tinha pagado os 10%. Disse que não recebia salário e que dependia daquela remuneração. Aleguei que, meu filho, eu não tenho culpa se esses 10% são só o que você recebe, e que eu só tinha sido bem atendida por ele, mas que isso foi nos primeiros 3 minutos, e que todo o restante do tempo eu tinha sido mal atendida e ignorada, e que eu não me senti confortável em pagar um adicional pelo péssimo serviço. FIM.

Pré-história 2: antes desse episódio, teve uma vez que eu fui, com uma galera, num restaurante/bar (que não sei se posso falar o nome), no Shopping Tamboré. Consumimos e depois fomos pagar a conta. Pedimos pra dividir pelo número de pessoas e cada um foi pagando sua parte. Quando chegou na minha vez, falei que não pagaria os 10%, pois fui mal atendida. Até aí tudo bem, mas então eu falei que queria o CPF na nota, e a pessoa do caixa me informou que não poderia emitir a nota fiscal, uma vez que eu não paguei os 10% e então o valor não batia.
Oras, mas esses safados nem lançam os 10% na nota, por que raios não pode emitir a nota?
Olhei pra cara da pessoa, olhei pro celular, desbloqueei, e perguntei o nome, pois eu ia anotar.
Aí, milagres acontecem, a pessoa me olhou com cara de ódio e perguntou qual era o meu CPF, e como num passe de mágica agora ela poderia imprimir a nota pra mim. FIM.

Pré-história 3: ontem eu fui no chá de bebê de uma amiga minha, em um lugar que vende comida árabe (e esfiha de queijo com bastermá) aqui perto de onde trabalho, e que também não sei se posso dizer o nome (rsrs). Aí nesse lugar eles também não fazem comanda individual, mas até então tudo bem, pois é só um saber direito o que consumiu e pagar sua parte no fechamento da conta.
A surpresinha apareceu quando fui pagar a conta, pois era a gente mesmo que tinha que pegar o cardápio, ver o preço das coisas que consumimos, somar, e dizer o valor total pra pessoa do caixa. Só que, OPAAA, “todos tinham que pagar, obrigatoriamente, os 10%, já que uma pessoa tinha pagado, senão não daria o valor correto no final das contas”.
Mas, pera aí. Se eu quiser pagar 9% de taxa adicional eu pago. Se eu quiser pagar 1%, ou 60%, eu posso, porque eu sou o cliente e eu quem decide o quanto acho que o garçom merece. Claro, ontem eu fiquei chocada demais, a fila estava grande demais, e eu não tive paciência pra debater com a atendente. Mas depois que paguei eu fiquei matutando aquilo, e o resultado é que estou aqui, me abrindo com vocês. FIM.


Aí, antes de eu vir digitar, fui ler sobre o assunto na internet e me deparei com os seguintes textos:





Ambos acessados em: 




Ok, posso ser obrigada a pagar, desde que isso me seja informado com antecedência, mas se eu achar que fui lesada, posso ir no PROCON pedir minha grana de volta. E, além disso, posso pagar o quanto eu quiser de gorjeta. Entendi certo?
Não é só uma questão de ser mão de vaca, como sei que tem gente que pensa. É uma questão que não achei meu dinheiro no lixo e sim batalhei por cada centavo, e não gosto de dar dinheiro pros outros se não for o correto e justo. E é uma questão que não gosto de fazer papel de trouxa, e nem gosto de ser lesada.
Por exemplo, outro dia fomos num restaurante que chama Madero, no Shopping Eldorado, e fomos tão bem atendidos que me senti ótima em pagar gorjeta. A gente até ficou impressionado com a educação, treinamento, formalidade e rapidez da equipe, e volta e meia comentamos sobre isso, como se fosse o acontecimento do ano.
Pois bem, então volto a afirmar: não gosto de pagar 10% quando sou mal atendida. Do contrário, acho justo pagar, e pago com gosto.
Acho uma “puta palhaçada” o que esses comércios fazem com a gente. E tenho dito!