sábado, 11 de abril de 2015

Minha opinião sobre os 10% do garçom

Só pra variar, aqui estou para reclamar de uma coisa que me deixa indignada.
Quero deixar claro que essa é a minha atual opinião, e que se você usar argumentos bons a favor de outro ponto de vista, sim, eu posso vir a mudar de opinião, ok?
Pré-história 1: eu e o Ed fomos viajar pra Salvador esses tempos, e um dos passeios que nos falaram que era imperdível era Arraial d’Ajuda. Fomos com a CVC mesmo, de ônibus, aí o ônibus deixou a gente em um restaurante na beira da praia, meio isolado, e a gente resolveu ficar por lá mesmo, pra não correr o risco de ir pra longe e perder o horário de voltar (obviamente eles sabem que a gente pensa assim, e por isso devem levar a gente praquele lugar, hehe).
O restaurante, que eu não lembro o nome, tinha um muro de pedras pra separar as áreas do lugar em duas, uma que ficava mais embaixo, na areia da praia mesmo, onde você podia molhar os pés na água caso viesse uma onda mais forte, e outro lugar mais acima, antes do muro, que também tinha areia, mas que não correríamos o risco de ficar molhados.
De início fomos para as cadeiras na praia. Pedimos uma cerveja ao garçom, super educado e atencioso, inclusive, e ficamos aguardando, até que vimos que as ondas não estavam pra brincadeira, e então subimos e ficamos na parte “seca”. Lá não fomos mais atendidos por aquele garçom, e, aliás, praticamente nem fomos atendidos, pois foi péssimo. Demorava uma hora pra conseguir cada cerveja, e pra almoçar foi outro parto. Por um lado é bom, pois a cerveja era cara e assim não gastamos muito, mas eu também não tinha dito que a gente foi pra lá pra economizar, certo? Bom, quando a gente cansou de ser mal atendido, resolvemos fechar a conta, pagar e ficar sentado lá perto da van que nos levaria pra balsa.
A pessoa do caixa adicionou os 10% e eu falei que não queria pagar. A pessoa retrucou dizendo que eles avisaram que seria cobrado, pois estava escrito no cardápio. Eu rebati falando que não era obrigada a pagar, e que não queria pagar, e também que, inclusive, não pagaria, pois fui mal atendida. Depois de “muita tensão”, a pessoa concordou em não me cobrar o adicional, paguei e fomos sentar. Antes mesmo de encostar a bunda no assento, o garçom (aquele primeiro, o legal) veio tirar satisfação de por que a gente não tinha pagado os 10%. Disse que não recebia salário e que dependia daquela remuneração. Aleguei que, meu filho, eu não tenho culpa se esses 10% são só o que você recebe, e que eu só tinha sido bem atendida por ele, mas que isso foi nos primeiros 3 minutos, e que todo o restante do tempo eu tinha sido mal atendida e ignorada, e que eu não me senti confortável em pagar um adicional pelo péssimo serviço. FIM.

Pré-história 2: antes desse episódio, teve uma vez que eu fui, com uma galera, num restaurante/bar (que não sei se posso falar o nome), no Shopping Tamboré. Consumimos e depois fomos pagar a conta. Pedimos pra dividir pelo número de pessoas e cada um foi pagando sua parte. Quando chegou na minha vez, falei que não pagaria os 10%, pois fui mal atendida. Até aí tudo bem, mas então eu falei que queria o CPF na nota, e a pessoa do caixa me informou que não poderia emitir a nota fiscal, uma vez que eu não paguei os 10% e então o valor não batia.
Oras, mas esses safados nem lançam os 10% na nota, por que raios não pode emitir a nota?
Olhei pra cara da pessoa, olhei pro celular, desbloqueei, e perguntei o nome, pois eu ia anotar.
Aí, milagres acontecem, a pessoa me olhou com cara de ódio e perguntou qual era o meu CPF, e como num passe de mágica agora ela poderia imprimir a nota pra mim. FIM.

Pré-história 3: ontem eu fui no chá de bebê de uma amiga minha, em um lugar que vende comida árabe (e esfiha de queijo com bastermá) aqui perto de onde trabalho, e que também não sei se posso dizer o nome (rsrs). Aí nesse lugar eles também não fazem comanda individual, mas até então tudo bem, pois é só um saber direito o que consumiu e pagar sua parte no fechamento da conta.
A surpresinha apareceu quando fui pagar a conta, pois era a gente mesmo que tinha que pegar o cardápio, ver o preço das coisas que consumimos, somar, e dizer o valor total pra pessoa do caixa. Só que, OPAAA, “todos tinham que pagar, obrigatoriamente, os 10%, já que uma pessoa tinha pagado, senão não daria o valor correto no final das contas”.
Mas, pera aí. Se eu quiser pagar 9% de taxa adicional eu pago. Se eu quiser pagar 1%, ou 60%, eu posso, porque eu sou o cliente e eu quem decide o quanto acho que o garçom merece. Claro, ontem eu fiquei chocada demais, a fila estava grande demais, e eu não tive paciência pra debater com a atendente. Mas depois que paguei eu fiquei matutando aquilo, e o resultado é que estou aqui, me abrindo com vocês. FIM.


Aí, antes de eu vir digitar, fui ler sobre o assunto na internet e me deparei com os seguintes textos:





Ambos acessados em: 




Ok, posso ser obrigada a pagar, desde que isso me seja informado com antecedência, mas se eu achar que fui lesada, posso ir no PROCON pedir minha grana de volta. E, além disso, posso pagar o quanto eu quiser de gorjeta. Entendi certo?
Não é só uma questão de ser mão de vaca, como sei que tem gente que pensa. É uma questão que não achei meu dinheiro no lixo e sim batalhei por cada centavo, e não gosto de dar dinheiro pros outros se não for o correto e justo. E é uma questão que não gosto de fazer papel de trouxa, e nem gosto de ser lesada.
Por exemplo, outro dia fomos num restaurante que chama Madero, no Shopping Eldorado, e fomos tão bem atendidos que me senti ótima em pagar gorjeta. A gente até ficou impressionado com a educação, treinamento, formalidade e rapidez da equipe, e volta e meia comentamos sobre isso, como se fosse o acontecimento do ano.
Pois bem, então volto a afirmar: não gosto de pagar 10% quando sou mal atendida. Do contrário, acho justo pagar, e pago com gosto.
Acho uma “puta palhaçada” o que esses comércios fazem com a gente. E tenho dito!

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