quinta-feira, 19 de abril de 2012

Ampulheta


Hoje eu me lembrei de uma história que aconteceu faz bastante tempo. Pra falar bem a verdade não foi hoje, foi ontem, mas hoje eu lembrei novamente, pois aconteceu algo semelhante, porém melhor.
Uns anos atrás eu quis fazer uma piada que me pareceu muito engraçada com um colega de trabalho que eu mal conhecia. Olhei pra ele já rindo e apontei o dedão pra barriga dele dizendo ‘hahaha, parece que você engoliu uma melancia’. Foi realmente bem engraçado, até que ele resolveu me devolver a piadinha na mesma moeda, então ele olhou pra mim e disse ‘hahaha, você também’. Claro que eu não achei nada engraçado, afinal ele estava me ofendendo!
Que grande babaquisse, é o que vocês devem estar pensando, e é o que eu penso hoje em dia também. Eu fiquei sem me comunicar com esse colega por anos, eu “odiava” ele. Depois de muito tempo, através de uma amiga em comum, nós acabamos por começar conversar, coisa que na verdade a gente nunca tinha feito, pois quando eu fiz a brincadeira infeliz eu nunca tinha conversado com ele antes na vida. Eu fui idiota, eu sei disso. Hoje em dia eu penso que ele fez certo em me responder daquele jeito.

Enfim, tivemos um final feliz e hoje somos amigos.
Lembrei disso ontem quando ele veio me dar os parabéns por ter chegado aos 58 quilos, e lembrei hoje novamente quando um colega de trabalho olhou pra mim e disse que se eu emagrecesse mais um pouco eu ficaria parecendo uma ampulheta, pois minha cintura estava bem pequena.
Claro, foi um elogio e eu fiquei contente, e o que tem de ligação com a história anterior eu já nem faço ideia, só sei que eu associei as duas na mente.

Mas o que eu realmente quero é contar como estou depois da cirurgia, e esse elogio já da uma ideia pra vocês.
Estou com a cintura bem marcada mesmo. Isso me deixa super, hiper feliz.
Tive problemas com ela, no meio do processo, pois a cinta acabou por me machucar e eu tive que comprar pomada e ficar colocando gases até sarar. Agora eu ando todos os dias com uma proteção de medo de fazer ferida novamente. Estou com medo também de não mudar a coloração da pele, pois agora ela está com uma cor meio roxa, que parece uma queimadura e isso não é nada bonito, mas não estou me preocupando muito com isso, pois imagino que isso saia.
Eu ainda tenho alguns pontos mais sensíveis do que o normal, como a papada e as costas, em cima do bumbum. São dois lugares que estão realmente estranhos e eu nem sei explicar direito por quê. A papada é a que mais dói. Às vezes eu esqueço e, por exemplo ao passar a maquiagem, ela dói. E as costas coçam bastante e estão ainda meio insensíveis. Mas não é bem insensível a palavra certa, pois ela dói e coça, mas enfim, espero que vocês entendam.
Uma coisa que realmente me incomoda é a barriga. Eu olho pra ela e obviamente ela está MUITO melhor do que antes, mas eu ainda não tenho a impressão de “não ter barriga”. Quando eu sento a pochete aparece. Umpf, não sei se ainda tem o que desinchar ou o quê. A minha amiga que faz a drenagem falou que a barriga ainda não voltou ao normal, nem a papada e nem as costas, o que me dá esperanças sinceras de que essa situação mude, mas assim... Não é que eu esteja arrependida ou que eu ache que todo o dinheiro não valeu à pena, é só que ainda é estranho e que ainda está extremamente diferente do que eu imaginei que ficaria... E olha que eu estava avisada que a gordura da barriga não seria retirada completamente, pois minha pele estava flácida (e então pra tirar toda a gordura o procedimento mais indicado seria a abdominoplastia).
Bom, resumindo: estou contente, estou me achando muito bonita e muito diferente. Gosto do que eu vejo no espelho, mas eu gostaria que alguns detalhezinhos melhorassem, e estou trabalhando nisso, afinal eu estou emagrecendo, e isso com certeza deve ajudar.
Agora também além de fazer o regime de sempre e da caminhada do dia, eu ressuscitei meu elíptico, que desde antes das férias estava ali paradinho no canto dele. Coitado, ta cheinho de pó. Agora quero usar até não agüentar mais, e aí tentarei vender, jogar fora, doar ou qualquer coisa que faça ele sair de dentro da minha tão pequena cozinha.
Mãos à obra!

Final do quarto round

Esse foi o mais emocionante de todos. Marcou pra sempre a minha vida. Oh! Como sou feliz.
Acho que depois de toda essa dramatização nem preciso dizer que foi eu que fiquei em primeiro lugar hein?! Rsrsrsrs.
Ganhei, e ganhei bem ainda por cima.
Acho que foi sorte... O emagrecimento da minha mãe está mais lento, e o Flávio e a Ana estão viajando, então além de não ser fácil de achar balanças lá onde eles estão, ainda por cima obviamente não estão fazendo regime, hahaha.
Mas nem venham com essas desculpinhas baratas de perdedores. Eu ganhei sim, mas me esforcei bastante pra conseguir ganhar... Não foi assim de mão beijada também.

Categoria: Regime Percentual
Ana Luiza 3.17%
Isolete 2.23%
Juliano 1.59%
Clenilda 0.65%
Alexandre 0.50%
Ana Fiorin -1.03%
Flávio -1.51%

Lindo neam?!

Além de eu estar feliz por ter ganhado, eu estou mesmo é feliz de ter chegado no peso que cheguei pra conseguir ganhar. Alguns de vocês já sabem, pois postei no facebook, mas pra quem não sabe eu cheguei no 58 (redondinho), o que significa que com mais um quilo eu chego no tão amado e esperado 57, e mais três quilinhos eu chego no SONHO MAIOR DE TODOS, que é o 55.
Lento, mas sempre. Uma hora eu chego lá.
No ranking "geral", que calcula o percentual desde o primeiro dia de aposta até o último eu também fiquei bem colocada, dá uma reparadinha:

Categoria: Regime Percentual
Clenilda 9.94%
Ana Luiza 7.79%
Ana Fiorin 4.63%
Isolete 4.22%
Flávio 3.37%
Juliano 2.77%
Alexandre 0.50%

E aí, como eu queria estar na frente da mãe a qualquer custo, eu fiz uma comparação desde o início do processo de emagrecimento, que era a época que eu estava na casa dos oitenta e alguma coisa... E aí sim eu consegui, finalmente, ficar em primeiro lugar:

Categoria: Regime Percentual
Ana Luiza 31.36%
Clenilda 18.95%

Pronto, agora estou "sastifeita".
Brincadeiras a parte, estou mesmo bem contente com nossa evolução. Finalmente parece que estamos todos mexendo o quadril ao invés de olhar pro espelho e reclamar todo santo dia.

Recomendo. Emagrecer é ótimo. É um saco, mas é ótimo.





sábado, 14 de abril de 2012

Frases estranhas

Eu li uma frase que me deixou muito encucada.

Pensei e re-pensei e continuo pensando nela.

Ela é muito interessante, mas tem alguma coisa nela que me deixou inquieta, então tentarei
analisá-la:

1) “Os fracos e medrosos dizem que precisam ver para crer, mas os corajosos arriscam e
fazem as coisas acontecerem pois aprendera a crer para ver.”

Tá, depois eu analiso. Agora eu entrei na página de onde ela saiu e achei mais outras muito
interessantes:

2) “Quem pensa em ralar agora para “aproveitar a vida” na velhice vai se frustrar
grandemente. A idade chegará e a energia ficará para trás. E juntamente virá ma
vida monótona e entediante. Viva intensamente o presente. Valorize cada segundo
seu. Quem aprende a viver todas as fases da vida, saberá aproveitar com sabedoria a
terceira idade!”
3) “Desafie seus limites. Não conseguiu de uma forma? Tente diferente!” (essa estava
acompanhada de uma imagem com um ratinho pendurado por cordas para pegar o
queijo de uma ratoeira, bem essa aí embaixo)

4)    “Muitas pessoas de tanto medo de arriscar vivem a vida inteira no mediano. Os melhores momentos e lembranças acabam por não acontecer”
5)    “Se você não estiver disposto a errar, você jamais terá uma ideia diferente e original”
6)    “Não tenha medo de errar! Você nunca fará algo realmente grande se não se arriscar.” (essa estava acompanhada de uma imagem com um peixinho pulando de um copo d’água em direção a um aquário próximo. Parecida com essa aí)



Tá, cansei. Essas bastam.

1)    “Os fracos e medrosos dizem que precisam ver para crer, mas os corajosos arriscam e fazem as coisas acontecerem pois aprendera a crer para ver.”
Tirando o aparente fanatismo religioso e a obvia generalização, eu concordo. Realmente é melhor fazer as coisas acontecerem... É exatamente o “crer para ver”. Mas não significa que quem não segue essa filosofia é fraco e/ou medroso, pode ser simplesmente realista, gosta mais da ciência e muitas outras coisas. Eu realmente gostaria de ver muitas coisas para conseguir acreditar nelas. Coisas absolutamente sem explicação NENHUMA, principalmente depois de ter passado pelo colégio e universidade, ficam realmente um tanto quanto no limbo. É difícil crer em determinadas coisas inexplicáveis. Se negar à isso não é ser fraco e muito menos medroso, pra mim é ser realista. Eu entendo que essa frase está carregada de religiosidade, mas achei que ela forçou bastante a barra e perdeu a razão. Alguns acontecimentos bíblicos (e não quero discutir religião aqui, pelo amor de Deus!) são de difícil assimilação, e as pessoas religiosas devem respeitar as pessoas que optam pela ciência, e não chamá-las de fracas e medrosas.

2)    “Quem pensa em ralar agora para “aproveitar a vida” na velhice vai se frustrar grandemente. A idade chegará e a energia ficará para trás. E juntamente virá ma vida monótona e entediante. Viva intensamente o presente. Valorize cada segundo seu. Quem aprende a viver todas as fases da vida, saberá aproveitar com sabedoria a terceira idade!”
Essa frase tá tão estranha que chega a ser engraçada. Se a velhice é uma fase onde a energia fica para trás e a vida vira monótona e entediante, qual é a diferença entre você ter ralado no presente ou aproveitado a vida? Não é melhor fazer o que você quiser fazer? A sociedade está de tal forma onde somos praticamente obrigados a ralar pra conseguir sobreviver, e não tem muitas formas de fugir disso. Você tem que trabalhar, que seja pra aproveitar a vida na velhice ou que seja pra não morrer de fome, ou que seja pra aproveitar um tempo que você estaria ocioso caso não estivesse trabalhando (isso é mais pra quem GOSTA do que faz e trabalha por prazer). Viva intensamente o presente sim, valorize os segundos sim, mas não com a certeza de que sua velhice será uma porcaria!

3)    “Desafie seus limites. Não conseguiu de uma forma? Tente diferente!”
Essa eu concordo, mas aquela figura é ridícula e burra. A frase diz que SE você NÃO CONSEGUIU de uma forma, é para tentar diferente. Mas com essa figura, o rato teria morrido se não tivesse conseguido. É uma figura utópica. É lindinho e fofo, mas é desnecessária para essa frase.

4)    “Muitas pessoas de tanto medo de arriscar vivem a vida inteira no mediano. Os melhores momentos e lembranças acabam por não acontecer”
Quem garante? Depende se a pessoa escolheu viver no mediano pois é a forma que dá mais prazer pra ela! Eu gosto de viver no mediano. Não gosto muito de aventuras e de achar que vou morrer a qualquer minuto. Odeio velocidade, por exemplo. Fujo de brinquedos em parques de “diversões”. Mas isso não significa que minha vida está vazia de lembranças e momentos bons. Arriscar o que então? Eu não entendi o significado desse arriscar e por isso que fiquei abismada com essa afirmação? Acho que não.

5)    “Se você não estiver disposto a errar, você jamais terá uma ideia diferente e original”
Pééééééé. Discordo. Jamais e nunca são palavras que devem ser utilizadas com cuidado. Nesse caso ela está sendo usada desnecessariamente.

6)    “Não tenha medo de errar! Você nunca fará algo realmente grande se não se arriscar.”
Tá, com essa eu concordo. Mas a imagem que acompanhava, novamente, é uma imagem totalmente suicida. Ok, o peixinho é bonito e claro que na historinha ele vai conseguir cair no aquário, mas na vida não é bem assim que a roda gira. Se você der um passo arriscado como o da figura, você tem quatro chances: a) morrer; b) se quebrar tudo ao bater na borda do aquário e depois morrer afogado por causa dos ferimentos (ou fora do aquário); c) se quebrar tudo ao bater na borda mas conseguir viver; e d) cair dentro do aquário perfeitamente e viver eternamente feliz, alegre e contente.
Eu particularmente prefiro continuar morando no copo de água, que vai me manter viva e sossegada, porém com um pouco de desconforto talvez, do que tentar sair e correr sérios riscos. TÔ FORA!

domingo, 8 de abril de 2012

Final do terceiro round

Chegamos no final de semana ao terceiro resultado. Pra variar eu fiquei em quarto lugar, mas alguma boa alma, que acho que foi o flávio, fez um "ranking geral", e neste eu estou em segundo, o que me deixou bem feliz.

Dessa vez eu estava realmente indo bem, ou pelo menos não estava indo mal. Fiquei vários dias com o mesmo peso, que era 60,2... Mas depois o peso deu um pulo pra 59,3, e depois voltou pra mais perto do 60, então meu percentual não ficou assim MUITO bom.

É interessante que essa "brincadeira" é legal na minha opinião. E eu acho que todo mundo com objetivo semelhante deveria fazer isso. Ajuda muito, dá muita força, e ajuda a gente a dar muita risada, nem que seja da desgraça alheia, rsrsrs.

Aliás, quando a gente começou com as apostas, o meu irmão já avisou que ele acharia muito engraçado quando minha mãe pesasse menos que eu, e isso está realmente muito perto que acontecer, pois ela está emagrecendo constantemente, e agora ela já passou da fase "fácil" pra "perder" peso, pois saiu da dieta líquida...

Chega de enrolação:


Categoria: Regime Percentual
Isolete 2.98%
Juliano 2.33%
Flávio 2.16%
Ana Luiza 1.81%
Ana Fiorin 1.20%
Clenilda 0.16%
Alexandre -0.06%


Que lindo né?! O Alexandre se deu mal nessa, mas ele teve azar acho. Não sigo a rotina dele, mas tenho quase certeza que ele se esforçou e teve problemas parecidos com os meus, hehe.

Enfim, estamos todos de parabéns, olhem o ranking geral:


Categoria: Regime Percentual Total Kg
Clenilda 7.31% 5
Ana Luiza 5.09% 3,2
Ana Fiorin 4.63% 2,8
Juliano 3.74% 3,1
Flávio 3.37% 3
Isolete 3.28% 2,1
Alexandre 0.19% 0,15

Uaaaaaaaaaaaaaa, nesse todos emagreceram :D, ou diminuiram, ou não estavam com intestino preso... O que interessa é que todos estão se esforçando, à sério ou brincando... Isso já não interessa muito, desde que todos colaborem.

Só que mais um pouco de tempo e acho que terei que trocar minha balança... Eu ligo ela e ela demora um tempo pra dizer "Err", então eu fico sem saber se ela está pifando ou se é só trocar as pilhas... De qualquer forma, balanças são baratas, então se precisar trocar não será um grande problema (problema mesmo é ter paciência pra tentar "bolas" de vezes até a balança colaborar e funcionar...).

Boa sorte pra vocês, da minha família ou não. Tenham sucesso no regime de vocês e que vocês consigam manter depois de alcançar o objetivo.

Eu já estou pertinho do meu, que é 55. Não vejo a hora de ver um 58 na balança... Cada dia é uma adrenalina!

Altas aventuras da Ana

Final de semana passado, dias 31/3 e 1/4 eu resolvi reservar para descansar. Resolvi não trabalhar e dormir bastante.
Sábado eu dormi mesmo, bastante. Muito mesmo.
Na verdade, a aventura do final de semana começou na sexta, então eu estou atropelando as coisas.
Sexta resolvemos ir ao teatro. Foi a minha primeira vez. Compramos ingresso em um site que dava desconto, mas pra conseguir o desconto teria que chegar com uma hora de antecedência no local, e era uma peça de comédia chamada “aquilo não cabe no caixão”.
Resolvemos então sair de casa 19 horas, pois teríamos que estar lá às 20, mas tivemos atrasos e então saímos mais ou menos 19:30.
Lógico que pegamos congestionamento, só que foi um mega congestionamento! Mudamos de rua algumas vezes na esperança de cortar o transito, porém obtivemos pouco sucesso com isso.
Com esses atrasos, já tinha passado de 20 horas fazia tempo, e o combustível do carro do Ed estava acabando, mas se a gente parasse pra abastecer não chegaríamos no teatro nem pras 21 horas, que era o horário de inicio do espetáculo.
O combustível foi acabando e acabando, até que uma hora tivemos que começar deixar o carro na “banguela” na esperança de ter combustível pelo menos até passar no próximo posto...
Quando chegamos ao teatro, o painel marcava que ainda teria 1km para rodar com a quantia de combustível que tinha (!!!!!!!!!!), mas chegamos um pouco antes das 21 e ainda assim conseguimos o desconto.
A peça é engraçada. Tem uns momentos ótimos e outros sem graça, o que imagino que seja normal.
Ao sair de lá, nossa maior preocupação era, obviamente, achar o posto mais próximo que, por nossa incrível sorte, era na mesma rua, era decida e além disso era perto. Só que o posto não era 24h então se ele não estivesse aberto teríamos que andar mais um pouco e virar uma esquina.
Ligamos o carro e andamos o suficiente pra chegar na decida e foi quando o marcador disse que o combustível tinha acabado, mas a sorte voltou e o posto estava aberto.
Resolvemos jantar, pois aventuras dão fome. Fomos ao Pizza Hut e pedimos uma pizza brasileira nova, que tinha tomate cereja na “composição”, e pra completar a noite espirrou um tomatinho na camisa do Ed, mas aí não é um problema assim tão grave, só resolvi comentar mesmo.
Depois de dormir MUITO no sábado, lavei roupa, limpei um pouco a casa e fomos ao cinema assistir Jogos Vorazes, que é bom sim, apesar de que ouvi pessoas falando que ele era “meia boca”... Bom, eu curti.
Como tinha dado o incidente com o carro do Ed no dia anterior e como a gente sempre usa só o carro dele, eu decidi usar o meu no final de semana. Gastar um pouco do meu combustível, um pouco do meu pedágio, entrada no shopping e essas coisas. E o carro dele estava para ser levado na revisão também, então a melhor coisa a se fazer era usar o meu que estava encostado mesmo.
E depois fomos dormir, pois o meu objetivo principal do sábado, como eu já disse, era dormir.
No domingo de manhã resolvemos patinar no parque Villa Lobos, então saímos entre 10 e 11 da manhã.
Claro que eu tinha que me queimar em um ponto onde esqueci de passar protetor, mas por sorte não ardeu. Atropelei duas mulheres (que ficaram irritadas) também pela inexperiência, mas o saldo foi positivo, pois estou quase aprendendo a frear do modo certo.
O modo certo não é utilizando o próprio freio do patins, e por isso mesmo que ele já deveria vir com um parafuso menor pra quando o freio for tirado, coisa que não aconteceu no meu caso, pois o parafuso extra veio do mesmo tamanho.
Sendo assim passamos no Shopping Eldorado, na loja onde o patins foi comprado, e trocamos o parafuso.
Depois resolvemos lanchar, já que depois iríamos em um churrasco pra conhecer a casa do amigo recém casado do Ed, só que na verdade a gente nem sabia se teria comida ou se era um churrasco só de cerveja (rsrsrs), então pra garantir lanchamos.
Uma delícia, principalmente quando a criança da mesa ao lado começou vomitar sem fim, coisa que não foi muito legal.
Tirando isso, passamos no mercado e compramos uma fanta uva pra levar e uma caixinha de cerveja pro Ed.
No meio do processo a gente combinou de passar na casa de um amigo dele pra irmos juntos ao churrasco, então ligamos pra ele e avisamos que estávamos indo pra lá, e assim foi feito.
Tudo teria sido perfeito. Churrasco com os amigos, tarde divertida, depois eu sairia cedo do churrasco já que tinha que passar no mercado comprar comida e também queria limpar novamente o banheiro e ir dormir cedo.
O problema é que não deu muito certo isso.
Quando estávamos saindo de São Paulo e quase entrando em Osasco (marginal Pinheiros, em frente ao terminal Ceasa da CPTM, aproximadamente km 5), resolvi trocar de faixa e ir pra faixa mais à esquerda.
Tinha um carro do meu lado que estava basicamente na mesma velocidade que eu, e outro na frente, na mesma situação, e todos estávamos no limite, que era 90 por hora.
Fiquei pacientemente esperando que o carro do meu lado fosse adiante ou me deixasse passar (na verdade eu reclamei que ele não tava me deixando ultrapassá-lo). Pelo jeito ele quis ser legal comigo e me deixou passar. Quando isso aconteceu, eu virei o volante. Quando eu virei o volante, o Ed, que estava ouvindo um barulho de moto, falou “cuidado com a moto”, mas nisso a gente só escutou o estouro.
Olhei pra trás e vi uma moto se espatifando em pedaços e minha calota rolando pra fora do asfalto. Nada de motociclista. Meu carro estava fazendo um barulho imenso, o que me fez pensar na hora que o rapaz estava embaixo do meu carro, sendo arrastado por mim que, em choque, ainda não tinha parado o carro. Quando parei, o Ed saiu correndo pra ver o motociclista, desliguei o carro,, liguei o alerta, peguei a mochila e etc, e então fui ao local onde ele estava caído (que não era embaixo do meu carro... Estava fazendo um barulho grande pois a roda havia estourado e o arame estava batendo na lataria).
Olhando, o motociclista parecia sem vida, mas depois eu vi que na verdade ele estava vivo e consciente, inclusive calmo. Foi ligado pro resgate, polícia, CET e etc, pra mulher dele e enfim, todas as providencias tomadas.
Resumindo, ficamos lá desde a hora que batemos (aproximadamente 2 e meia da tarde) até de noite, pois o processo é burocrático e ninguém sabia o que seria feito com  a moto...
O BO foi registrado e eu levei uma multa pela não portabilidade dos documentos obrigatórios do carro :P (porcaria mesmo... Nunca uso o carro, então não percebi que o documento não estava no lugar onde sempre esteve...), mas a multa é leve e acho que vou solicitar que seja transformada em advertência.
Chega desse assunto. É isso aí. O Seguro foi acionado e agora eles que vejam quem está certo ou errado, e assim que tivermos esse resultado, providencias serão tomadas, pois se eu estiver certa não quero arcar com todo o prejuízo (nem a seguradora quererá).
O que é incrível é que, na hora que aconteceu o acidente, muitas coisas passaram pela minha mente.
Pensei no estado do motociclista, o medo de ele ter falecido (estando eu errada ou não), pensei no transtorno de seguradora, ter que negociar quem está errado ou não, quem aciona o seguro ou não, se ele tem seguro ou não, se ele tem família ou não. Pensei que eu estraguei o dia dele (estando errada ou não), pensei que estraguei o dia do meu namorado, que estava pensando em ir em um churrasco com os amigos de infância e teve que se preocupar com  um motociclista acidentado. Pensei em todas as pessoas que ficaram no congestionamento causado pelo acidente. Pensei no susto que dei (errada ou não) em todas as testemunhas. Pensei que tudo o que eu tinha planejado fazer não daria certo, que eu gastaria dinheiro que não tinha. Pensei que os amigos do meu namorado ficariam preocupados se nós não ligássemos explicando a ausência/atraso, e pensei também que se eu ligasse pra minha família eles ficariam preocupados desnecessariamente, pois falar em acidente sempre deixa as pessoas nervosas e ansiosas... Enfim, pensei em MUITA COISA.
Quando a esposa dele chegou ao local, eu imediatamente pensei que ela faria um escândalo e provavelmente tentaria bater em mim. Não sei por quê. Ela parecia calma, mas eu tive muito medo. Bem no fim descobri que ela é gente boa, assim como o marido dela, que mesmo caído no chão me tranqüilizou quando eu comecei chorar de tanto susto, nervosismo e confusão de ideias.
Quando contei ao meu namorado e minha sogra que eu pensei no fato de ter estragado o dia dele, riram de mim.
Quer dizer, não exatamente riram de mim. Mas pra eles era uma coisa tão absurda que chegava a ser engraçado. Nunca passou pela cabeça dele ficar com raiva de mim por ter acontecido o acidente, e provavelmente nunca passaria pela cabeça dele que eu pensaria em ter “estragado” o dia dele. Acabei que deixei ele contente por ter pensado nisso e ter me preocupado com ele.
Como as coisas são interessantes não é?
Mais interessante ainda foi que uma mulher se jogou de um prédio aqui em Alphaville na semana passada e eu fiquei muito chocada ao assistir o vídeo (sim, baita imbecilidade... Não tinha nada que ter assistido, bem feito! Enfim, continuando:) e, depois do incidente do domingo, eu parei de pensar (constantemente) na mulher. Pensei muito nela. Pensei em como deveria ser ruim pras amigas dela, que poderiam pensar “puxa, eu percebi que isso poderia acontecer e não consegui fazer nada”, pensei na desgraça pra família dela, nas chacotas que ouviriam (ela pulou nua), na imensa imbecilidade de quem gravou a porcaria do vídeo, nos comentários burlescos que foram feitos antes de ela pular e perdi minutos pensando em qual estado ela deveria estar pra ter tido coragem de fazer o que fez.
Hmm, e dispenso comentários sobre o quão idiota de minha parte foi ter feito qualquer coisa que vocês tenham achado idiota, rsrsrsrs. Eu reconheço e já estou sofrendo as conseqüências do que quer que seja.