quarta-feira, 27 de junho de 2012

Curso de corte e costura

Se não me engano eu nem tinha contado isso ainda, mas estou fazendo um curso de corte e costura... Eu sempre costurei, desde a época de costurar na mão as roupas das minhas barbies, mas eu queria alguma coisa a mais... Não sei explicar exatamente o que, mas acho que sempre me faltou a técnica... Sei lá, enfim que eu sempre gostei dessa área e agora estamos aí...

Minha primeira criação foi uma saia reta, pra ser simples, rápido e prático.

A segunda criação, da qual estou realmente orgulhosa, é uma camisa social. Sim, eu fiz uma camisa social como segunda peça de um curso de corte e costura :D

Fiz algumas adaptações pra corrigir umas falhas, mas achei que ela ficou bonita igual.

Olhem as fotos da minha camisa LINDAAA!!!





Fala sério heeeein?! Amei, é difícil, mas quero fazer outra ainda, rsrsrs.

Trabalho infantil

Li uma notícia outro dia (BBC Brasil), falando que tem uma espécie de sindicato defendendo trabalho infantil em alguns países latino-americanos (sugiro leitura da noticia pra saber exatamente do que se trata).

Grr, esse assunto, sinceramente, me irrita. Vou tentar explicar, mas já aviso que provavelmente eu me perca em tanta coisa que tenho pra falar...
Primeiro, vamos às fontes:
Tem um texto interessantíssimo publicado na Rede Social de Justiça e Direitos Humanos. No decorrer da leitura, fala muito que as crianças são exploradas em áreas como prostituição e trafico de drogas.
Mais abaixo, lê-se o seguinte:
O trabalho infantil na região urbana se encontra principalmente no setor informal, (...) sendo que 16% do trabalho doméstico não é remunerado. (...) Já no meio rural, dois terços das crianças e adolescentes não recebem salário. Esse índice inclui as crianças que trabalham com suas famílias. (...)”
“(...) A inserção no trabalho nas famílias de imigrantes italianos, alemães e poloneses do sul do país representa uma maneira de ensinar um ofício e ajudar na renda dos pais. Embora comecem o trabalho muito cedo, essas crianças não deixam de freqüentar a escola. Uma situação bem diferente é a das crianças que trabalham pesado, sem nunca freqüentar a escola.”

E, claro, não dá pra deixar de citar o documento da Secretaria de Direitos Humanos: Plano Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador

- “(...) são deveres da família, da sociedade e do Estado: Assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocálos a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”.
- “(...) considerando como exploração qualquer espécie de trabalho que prejudique a escolaridade básica.”
- “(...) piores formas de trabalho infantojuvenil, classificadas em quatro categorias:
a) todas as formas de escravidão ou práticas análogas à escravidão, como vendas e tráfico de crianças, sujeição por dívida e servidão, trabalho forçado ou compulsório, inclusive recrutamento forçado ou compulsório de crianças para serem utilizadas em conflitos armados;
b) utilização, procura e oferta de criança para fins de prostituição, de produção de material pornográfico ou espetáculos pornográficos;
c) utilização, procura e oferta de crianças para atividades ilícitas, particularmente para produção e tráfico de drogas, conforme definidos nos tratados internacionais pertinentes;
d) trabalhos que, por sua natureza ou pelas circunstâncias em que são executados, são suscetíveis de prejudicar a saúde, a segurança e a moral da criança.”
- “(...) Mas basta observar o cotidiano atual para perceber indícios de que ainda subsistem fortemente os elementos do velho paradigma. Muitas famílias continuam a enxergar o trabalho de crianças e adolescentes como uma forma de “prevenção” contra os males da marginalização. Convencer muitos setores da sociedade e do Estado do fato de que não é o trabalho precoce, mas sim a educação, que pode garantir um futuro melhor, continua a ser um grande desafio.

Depois de ler tudo isso eu fiquei mais calma, mas mesmo assim preciso dizer que me dá uma raiva imensa dessa gente que se importa demais com os outros. Pra começar que eu acho que se as crianças querem trabalhar, deixa que trabalhem. E chega de comparar trabalhos domésticos com prostituição e tráfico de drogas!
Lendo, percebi que eu faço parte da população que tem a “mentalidade perversa”, e que acha que criança tem que trabalhar...
Lógico que eu sou contra crianças trabalhando com drogas, prostituição, plantações de cana e essas outras formas de trabalho mais abusivo, mas comparar essas formas de exploração com o trabalho “caseiro” é sacanagem.
Eu acho sim que criança pode ajudar a lavar uma louça e que não precisa ser paga por isso... Qual é? Quem limpa a casa tem que ser a mesma pessoa que paga as contas, única e exclusivamente? Ou então devemos voltar praquela época em que um trabalhava e o outro cuidava da casa?
Hoje em dia empregadas domésticas são artigo de luxo... Aqui onde eu moro não é fácil “sustentar” uma espécie rara dessas. Além de ter poucas no mercado, ainda por cima custa uma fortuna (em média 100 reais por um dia de trabalho... As que eu conheci não trabalham as 8 horas). Considerando esse fato, não tem como trabalhar e ainda ter uma empregada.
Aí vai um pouco da minha criação, que foi em outra época (que não era chata e cheia de regras como essa... A época em que criança respeitava pai e mãe, assim como a professora), pois eu comecei trabalhar em casa quando deu a idade (acho que em torno dos 14 anos).
Óbvio que eu reclamava até pelos cotovelos, mas isso é porque adolescente reclama de tudo mesmo e não tem noção de quanto custa trabalhar pra pagar as contas... Mas depois que cresci, percebo que ter trabalhado foi bom... Hoje em dia eu sei cozinhar, limpar a casa, lavar e passar roupa... Eu não acho que fui explorada, eu ganhava as roupas que queria, os calçados que queria, tinha minha maquiagem, meus brinquedos, meu material escolar sempre em dia... Não tinha tudo o que queria e quando queria, mas ganhava. Eu trabalhei como babá por uma época também, e eu tinha meu próprio dinheirinho, podia economizar, controlar as moedas e fingir que era gente.
E tem o seguinte: pra fazer “tudo” o que minha mãe mandava eu demorava pouquíssimo (variava considerando a vontade de fazer e quanto eu demoraria bolando planos pra sabotar minhas tarefas sem minha mãe perceber), e tinha tempo de sobra pra brincar com minhas amigas, fofocar, escrever no diário, estudar (não que eu gostasse) e ligar na rádio pedindo pra tocar as músicas que eu queria gravar na fita.
Eu (e grande parte das pessoas da minha faixa etária e de faixas anteriores) sou a prova viva de que (pouco (vejam bem: eu estou não estou falando de escravidão, chicotada pra quando esquecer de lavar o cantinho do banheiro e deixar sem comida!)) trabalho infantil não atrapalha a educação, a moral, a hora de brincar e enfim, não atrapalha em nada.

E aí, falando de estudar, eu me lembrei de mais uma questão: querem tanto que as crianças só estudem, mas e quem disse que criança quer estudar? Sim, eu sei que temos exceções, mas eu nunca conheci uma dessas quando eu estava na escola... Ir pra escola e ter que prestar atenção já era um tédio, mas ter que fazer trabalho em casa e estudar pra prova era demais...
Quero dizer com isso que não adianta você “forçar” a criança a estudar. Comigo funcionava o “se você não passar de ano você vai ver só!”, “se você tirar nota abaixo da média você vai ver só”, mas é porque eu me borrava de medo do “vai ver só” (e além disso eu não queria ser mais burra que meus irmãos mais velhos).
Se você não deu a educação básica pro teu filho ele não vai estudar nem em casa e nem na escola, porque hoje em dia só obedece professor quem quer.
Na escola, quem não quer estudar pode escolher dois caminhos: ficar quieto ou incomodar. Quem optar pela segunda opção geralmente vai agredir todo mundo, física e/ou psicologicamente e o máximo que o professor pode fazer é falar. Se falar não adiantar, ele leva pro coordenador, e depois pro diretor. Convenhamos que se o aluno for mal educado, ele não vai ligar pra nada do que os três falarem. Aí chama-se os pais do meliante, e se os pais não conseguiram ensinar antes, qual a diferença pro “agora”?
Eu não conheço formas de “forçar” as pessoas a fazer coisas que elas não queiram fazer... Você não convence ninguém a pagar uma conta que não queira a não ser que a pessoa corra o real risco de ir presa por isso. Você não convence ninguém sem perigos reais, e ameaçar crianças a ficarem sem o brinquedinho preferido ou a não poder sair do quarto, sinceramente, não é nenhum perigo. 

(O trechoa seguir foi sugestão do Alexandre, pois eu não tinha explicado direito a ideia) 

Também não adianta tentar “forçar” (novamente esse forçar que não existe) a criança a trabalhar, a estratégia então seria convencê-la de que será bom para ela, para que não se torne uma “obrigação”. Como fazer isso eu não sei, mas creio que estimular com prêmios, presentes e coisas que você não costuma dar pra ela (um jogo de lápis de cor com mais de 12 cores, por exemplo, hahaha (sério, isso teria funcionado comigo!))... De qualquer forma, na minha humilde e antiquada opinião, é melhor ocupar a criança com afazeres, seja lá quais forem(domésticos ou ajudar os pais no comércio da família, por ex), do que deixá-los “à Deus dará”, apenas com o livre arbítrio de escolher entre estudar e brincar. Sim, jogos educativos também seria boa ideia, pois então você poderia deixar a criança “brincando” o dia inteiro, pois ela estaria estudando e nem perceberia... Outra ideia seria fazer alguma coisa que estimule a criança a sempre estudar pra tirar boas notas, mas aí estaríamos fugindo do assunto principal, que é o trabalho infantil, certo?

Bom, mas claro que temos que erradicar a exploração e blábláblá, mas dizer que criança e adolescente não pode trabalhar é um exagero.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Eu te amo (?)


Como a gente mostra pros outros que gostamos deles? A gente tem mesmo que mostrar que gostamos com gestos, coisas, palavras ou é só você fazer parecer que gosta e ta tudo certo?

Lá em casa a gente não tem muita melação. Eu amo todos e sei que todos me amam, mas eu não preciso que fiquem me abraçando, me pegando no colo, me beijando e me dizendo constantemente que me amam pra ter certeza disso. E não é que eu não goste de carinho, é só que não fui acostumada a ser assim... Provavelmente a criação que meu pai e minha mãe tiveram também não foi assim, e meus avós também não e assim por diante, e isso fez com que meus pais não tivessem necessidade, ou costume (ou sei lá como chama isso) de ficar abraçando e dizendo que amam, pois pra mim sempre foi bem óbvio...
Acredito que tenha sido por isso que eu passei vinte e seis anos da minha vida sem dizer (ou pelo menos que eu me lembre eu nunca tinha dito) que amo eles. E, basicamente, essa ideia de “falar” que amo nunca tinha passado pela minha cabeça (e eu sempre achei isso normal).
Mas depois de um tempo, e eu não lembro exatamente os motivos, eu resolvi falar, com todas as letras, que eu amo meus irmãos, meu pai e minha mãe. Mas e conseguir falar? Parecia que quando eu ia falar “eu te amo”, e são tão poucas palavras né(?), tinha uma melancia na minha garganta, que não deixavam as palavras saírem, e tinha também um balde de água atrás dos meus olhos, prontinhos pra começarem a se derramar em lágrimas quando eu abrisse a boca.
Mas por que tanta barreira de falar uma coisa óbvia e simples? Sei lá, acho que é só porque eu nunca tive o costume... Nunca precisou ser dito... Mas começou povoar a minha cabeça que eu não esperaria alguma coisa ruim acontecer pra falar. Não queria ser uma pessoa que pensasse, num futuro MUITO distante, quando meus pais ou irmãos falecessem (porque sim, isso é, infelizmente e imutavelmente um fato, e sim, eu gostaria que eles durassem pra sempre, ou pelo menos até que eu morresse... Mas aí é complicado também, porque aí significaria que eu queria que eles sofressem... (será?? Muito complicado esse assunto, rsrsrs)), que “ohhh por que eu nunca disse que os amava ainda em vida(?)”. Bom, problema resolvido (e é claro que esse não é o único motivo pelo qual eu falei, dãr!).
Mas enfim, um dia, “do nada”, eu falei pro meu irmão mais velho que eu amo ele, e peguei tanto na surpresa que ele deu uma pausa antes de me responder... Foi muito difícil dizer, mas saiu. Pra minha mãe não foi assim tão difícil, pois eu já tinha “falado eletronicamente” pra ela... E pros meus outros irmãos também foi relativamente fácil.. Só que quando fui falar pro meu pai as minhas pernas fraquejaram e eu achei que não conseguiria... Mas consegui, e me saiu um peso muito grande das costas... E eu adorei falar, muito mesmo, porém isso também não mudou o fato de que eu ainda não sinto a necessidade de viver falando que amo eles, nem de ficar abraçando e beijando, e ligando pra bater aquele papo furado...

Aí que eu acabei conversando por aí e fica aquela dúvida: será que nós gostamos menos do que os outros? Pois eu tenho amigas que abraçam as mães, que beijam, que ficam repetindo que as amam... Será que eu amo menos a minha mãe do que elas, só porque eu não ligo pra falar como o tempo está? Hmm, acho que nããããão. Eu amo muito minha família, tanto que dói, absolutamente normal...

É um tanto estranho essa diversidade e eu nem sei como explicar por que é que eu acho estranho...

Só que quando eu comecei namorar eu percebi que tem uma diferença entre ser óbvio que você goste dos pais e ser óbvio que você goste do companheiro... E aí, será que seu companheiro está acostumado a achar normal você nunca dizer que ama ele (a)?
Não, difícil... Mas isso é muito complicado também, pois como é que você sabe se você gosta, ama, está apaixonado pelo seu companheiro? O que é amar, afinal de contas?

Haha, é, eu fui pesquisar:
- Amor: Pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. O conceito mais popular de amor envolve, de modo geral, a formação de um vínculo emocional com alguém, ou com algum objeto que seja capaz de receber este comportamento amoroso e enviar os estímulos sensoriais e psicológicos necessários para a sua manutenção e motivação. É tido por muitos como a maior de todas as conquistas do ser. (...) Amar também tem o sentido de gostar muito, sendo assim possível amar qualquer ser vivo ou objeto.
- Paixão: É tipicamente um sentimento doloroso e patológico, porque, via de regra, o indivíduo perde parcialmente a sua individualidade, a sua identidade e o seu poder de raciocínio. (...) O sentimento exacerbado entre duas pessoas é um exemplo de uma paixão. A paixão pode ultrapassar barreiras sociais, diferenças de formação, idades e gêneros. A paixão completamente correspondida causa grandiosa felicidade e satisfação ao apaixonado, pelo contrário qualquer dificuldade para atingir essa plenitude pode trazer grande tristeza pois o apaixonado só se vê feliz ao conseguir o objeto de sua paixão. (tem um texto muito interessante do ponto de vista biológico sobre a paixão... Recomendo o link!)

É, é bem confuso, no final das contas...

Depois de fugir um pouquinho só do assunto inicial, vamos voltar e colocar as ideias nos eixos.

Resumindo a ópera: eu tenho certeza que não é preciso demonstrar o amor que sentimos uns pelos outros. É bom, é gostoso e interessante, mas não é necessário.
Mas as pessoas são diferentes e algumas devem achar que é necessário, tanto que vivem fazendo... Ou elas são falsas (coisa que duvido, nesse caso de família)... Mas eu posso garantir que, mesmo não achando que precisa, é muito bom fazer coisas agradáveis para os nossos amores de vez em quando... É uma satisfação imensa, um carinho que transborda. Eu recomendo apesar de não ser muito praticante ;)

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Laser de CO2 - as impressões gerais

Faz tempo que eu não falo nada sobre isso, mas é porque minha internet está realmente muito ruim...
E também porque eu tenho esquecido de tirar fotos, mas eu prometo que providenciarei isso...
Antes das fotos, conto quais as impressões que eu tive.

A pele, de uma forma geral, está mais homogênea... Aparenta ter menos poros, menos manchas e menos linhas de expressão, MAS eu olhei com aquele olharzinho de quem quer botar defeito e percebi que as manchas não saíram, só amenizaram, assim como os poros, e acho que as linhas de expressão pouco mudaram...

Enfim, eu recomendo, mas depende do valor... Se for barato, façam. Dói, mas a pele fica muito bonita... Dá mais efeito ainda quando eu passo uma maquiagem, pois parece uma "pele de bundinha de nenê", rsrsrs.

Aguardem as fotos, eu prometo que posto em menos de um mês (MWAHAHAHAHAHA (risada maligna)).

Presente ou ausente

E agora, o que eu dou? Quanto eu gasto? Onde eu escondo?



Uma época eu era bastante ligada nessas convenções de dar presentes em determinados dias... É um presente no dia do aniversário, um na páscoa, um no natal, um no dia tal e outro no dia tal.

Até que tentava fazer certinho, mas quando a distância entra na vida da gente, como eu faço pra comprar um presente especial pra uma pessoa que eu amo e entregar no dia certo (e sem dar o abraço que deveria acompanhar o presente)?

Então eu desencanei. Agora eu acho que a gente tem que dar um presente que seja “o presente certo”. Aquele presente que você tem certeza que a pessoa vai gostar, que é a cara dela, que ela precisa ou que ela quer ou sei lá.

Isso começou quando resolvemos organizar um grupo de presentes aqui na empresa... Eramos em praticamente 50 pessoas e o pequeno grupo da organização tinha que comprar um presente com um determinado valor, e o escolhido foi 100 reais. Depois percebemos que é muito difícil você comprar um presente de 100 reais. Um que agrade de verdade e que a pessoa não se sinta lesada. No final das contas (do ciclo) cada um pagava o seu presente...

Mesmo assim eu percebi que é muito melhor você se esforçar e entregar um presente atrasado pra agradar a pessoa que vai receber do que comprar qualquer coisa de ultima hora, vulgo “presente coringa”. Ah, se é mulher vamos dar uma bijuteria ou uma blusa e se for homem vamos dar uma camisa de time de futebol. Blééé, errado!

Assim, um belo dia, do nada, eu resolvi fazer um presente especial pra dar pra minha mãe... A gente já tinha dado blusa, livro, TV, cama... Não tinha mais o que a gente dar pra equiparar com os últimos presentes, então eu preferi dar uma coisa especial. Comprei uns tecidos, um álbum de fotografias e personalizei, com todo o amor que eu tinha. Dei com a maior satisfação do universo, pois por mais que não era um carro nem uma jóia cara, era uma coisa especial, que ela sabia que eu tinha dedicado horas do meu tempo pensando em agradá-la. Se deu certo não posso dizer (quem pode dizer é ela, mas também é provável que ela diga que gostou, kkkkk, então não precisa dizer nada!), mas que eu dei um presente muito mais confortável do que se eu estivesse dando um brinco de ouro, com certeza foi.

Pras minhas amigas eu resolvi fazer uma nécessaire. Comprei os tecidos coloridinhos, a espuminha pra ficar mais grosso, a cola e tudo o que precisava e costurei bem fofo. Coloquei dentro, pra uma sugestão de uso, uma calcinha e uns absorventes. Achei que era um presente lindo e útil, e feito com muito carinho. Eu penso que isso é muito mais legal do que se eu tivesse, de ultima hora e por obrigação, passado numa loja e comprado uma correntinha com pingente pra elas, ou uma toalha de banho...

Claro, não quero dizer que ganhar correntinha com pingente ou toalha de banho não seja legal... É claro que é... Eu mesma uma vez comprei duas pulseiras quase iguais, uma pra mim e outra pra minha mãe e dei a dela com o coração transbordando de mel... E outra vez pedi pra bordar um “eu te amo” em uma toalha pequena de rosto e entreguei pro meu pai...

O que eu quero dizer é que não precisamos nos apegar tanto assim às datas... Acho que é melhor você dar presentes em dias aleatórios, mas presentes com carinho, com dedicação.

Você pode ter pensado e pensado e resolvido que o que eu mais gostaria de ganhar é uma presilha de cabelo, mas então é ótimo, pois se eu ganhar a presilha e gostar como você achava que eu ia gostar, esse será um dia em que eu ficarei realmente MUITO feliz!

O valor do presente é outra coisa que eu não me atenho muito... Você pode me dar um presente de 200 reais e eu te dar um de 5, mas se nós gostarmos igualmente, acho que está tudo bem... Não é como em um amigo oculto, onde você se sente lesado... É uma troca de presentes, e ela não precisa ser obrigatória e/ou de um determinado valor pra fazer efeito ou ter sentido!

Um dos presentes que eu ganhei e nunca vou esquecer foi um que a minha amiga Sharon me deu... Era um imã de geladeira com uma canetinha pra anotar a lista de compras... Eu amei aquilo, sofri até dizer chega quando a canetinha sumiu, e eu me lembro daquilo com carinho até hoje... Eu não sei se ela se importou com o valor, se foi caro ou barato... Simplesmente ela acertou em cheio uma coisa que eu adorei. Outro presente memorável, que faz meus olhos brilhar toda vez, é um sapato que eu ganhei aqui do pessoal da equipe no meu aniversário passado. Me pegaram de surpresa e acertaram em cheio. E não posso deixar de comentar de um brinquinho que minha mãe me deu, simplesmente era do modelo exato que eu queria. Lindo, pequeno, básico e prático (na verdade quem me deu foi meu pai, mas quem comprou foi ela, rsrsrs).

Outra vantagem em não se ligar muito em datas é que você não precisa esconder os presentes... Nessa páscoa eu percebi que meu namorado queria um ovo de chocolate daqueles redondos... Antes que ele se mexesse e comprasse um, comprei e dei. Peguei ele de surpresa e ele adorou, lógico. No domingo de páscoa ele não ganhou nada, mas eu já tinha conseguido deixar ele feliz, e tenho a certeza que foi mais legal ter pego ele de surpresa do que ter dado um ovo de páscoa “qualquer” no dia certo ou então um ovo que ele já tinha experimentado...

Presentes são legais, é claro... Todo mundo gosta (ou não) de ganhar e dar (ou não). Mas chega uma hora que não tem mais o que dar! Ou também, se você não se importar, você pode dar um vinho pro teu pai todo ano, ou dar um ursinho pra namorada em todas e quaisquer datas comemorativas... Ou um buquê de flores, ou então uma camisa social pro chefe... Enfim, dê a mesma coisa se quiser, não é uma regra que as pessoas são mais felizes dando presentes legais do que dando “quaisquer” (depende do ponto de vista de cada um) presentes. Só estou dizendo que pra mim funcionou como uma luva. Prefiro atrasar ou dar um presente em um “dia normal”, mas agradar!

O que fazer com o animal de estimação dos outros

Esses dias uma pessoa reclamou no facebook que mataram o animal de estimação do irmão, e que isso estava se repetindo nas redondezas... Disse que não consegue entender o que passa na cabeça de uma pessoa que tem a capacidade de dar veneno para os animais de estimação dos outros...

O post em si não é pra, exatamente, responder ao questionamento, pois obviamente eu não sei o que passou pela cabeça de quem deu veneno pros animais lá, mas como eu não gosto muito de animais de estimação em geral e não estou dentro do caso (posso ter uma opinião fria a respeito), pensei no assunto e resolvi jogar a moeda do outro lado.

Veja bem: eu moro de aluguel e o meu vizinho tem um cachorro extremamente irritante. Acoa até pelos cotovelos e faz um escarcéu, não importa o horário ou o dia da semana e enfim, ele (me) incomoda o dia inteiro... Eu não matei e nem vou matar o cachorro dele, pois isso não faz parte do meu perfil e provavelmente eu ficaria com isso me atormentando pela eternidade, MAS devo confessar que eu odeio aquele cachorro e queria que ele sumisse do mapa, se mudando dali ou tanto faz.

Se eu, um belo dia, chegar pro meu vizinho (que eu nunca vi a fuça, inclusive) e pedir pra ele dar um jeito de o cachorro dele calar a boquinha, o que ele vai fazer? Primeiro que dificilmente as pessoas são bem educadas nessas situações de stress, então é fácil que ele não fosse receptivo à minha critica ao bicho de estimação dele. Se ele fosse e entendesse a minha situação, ele poderia fazer o que? Ele poderia fazer uma reforma na casa dele, jogando a casa pra trás e colocando o canil na frente (coisa que só resolveria o meu problema, mas arrumaria problema pros outros vizinhos e talvez até pro dono do cachorro, pois o quarto, acredito eu, é na frente da casa), ele também poderia levar o animal numa veterinária pra fazer aquela operação que arranca fora a língua dos animais pra eles não fazerem mais barulho (pelo menos, a muitos anos atrás, eu tinha ouvido falar dessa operação, mas teve um bafafá tão grande que nem sei se ainda fazem. E outra: esse cachorro não faz “barulho” só por acoar... Ele brinca muito com alguma coisa muito barulhenta) ou então ele se mudaria.

Simplesmente não consigo ver muitas outras alternativas, e duvido muito que meu vizinho tomasse alguma atitude... Provavelmente eu teria que me mudar pra me livrar desse cachorro em questão, mas aí na próxima vizinhança eu poderia encontrar um cachorro ainda pior, ou vizinhos ainda piores, e enfim, nem sempre se mudar resolve os nossos problemas.

Só que aí eu tenho uma vantagem por morar de aluguel, então ainda que não resolva meu problema, eu posso me mudar. Mas e quem mora na casa própria, faz o que? Se mudar por causa do bichinho de estimação do vizinho é muito mais complicado e provavelmente dá bem mais dor de cabeça do que comprar veneno e jogar por cima do muro!

Blééé, eu sou contra matar animais de estimação, sendo seu ou sendo dos outros, mas eu sou muito contra o teu animal de estimação me incomodar! Se é você que está me incomodando eu converso com você e posso obter sucesso (ou então eu chamo a policia), mas quando estamos falando de bichos a situação complica!

Sendo assim, uma das prováveis coisas que passam pela cabeça de quem mata o animal de estimação dos outros é que o bicho é muito irritante e que não adiantaria conversar com o dono... Aí você ficará indignado pensando que era pra ter falado com você primeiro, mas antes de acontecer uma coisa super grave as pessoas não pensam muito nas conseqüências... Correm demais até sofrer um acidente, bebem demais até ter cirrose, fumam demais até o câncer no pulmão, comem demais até entupir as veias e deixam os cachorros de estimação fazerem barulho à vontade até que alguém dá veneno (pro teu bicho, pois quando a pimenta está nos olhos dos outros, não arde no nosso).