sábado, 3 de setembro de 2011

Ninguem merece acordar cedo no final de semana


Hoje, assim como todos os outros dias dessa semana, eu acordei com uma maldita vontade de fazer pipi. E olha que farei somente 26 aninhos no dia 12, e não 80. Mas tudo bem. Quando é dia de semana, eu levanto (que nem um zumbi, só abro meio olho pra saber se estou indo mijar no lugar certo), faço pipi e volto dormir. Mas hoje é SÁBADO. Pensei: maldição. Mas, tudo bem, como sempre, levantei e fui pro banheiro. O problema dessa vez é que eu estava com os dois olhos abertos e nenhuma vontade mais de dormir. Porém, como algumas pessoas que “me lêem” sabem, eu me recuso a levantar cedo no final de semana, então deitei novamente pra continuar dormindo que nem um anjinho. Depois de um tempo, falei: droga. Percebi que, como muita das outras vezes que eu tentei voltar dormir mesmo sem sono, ao invés de eu estar com os olhinhos fechados (que é o costume de fazer quando se dorme), eu estava olhando pro teto. Aí reconheci que realmente não estava com sono e fui olhar no relógio. Eita, nem sete da manha e, repito, num SÁ-BA-DO. Bom, como estava até animada, resolvi ligar pra minha mãe, pois sei que ela acorda cedo, mas no intimo eu queria mesmo era acordar ela (sem muita esperança...). Aí, como eu estou sem créditos, liguei a cobrar.

Parêntesis nessa parte: quando eu saí de casa, eu sempre ligava a cobrar e desligava, e a mãe sempre sabia que era pra me ligar de volta, pois eu queria falar com ela. Mas agora o Alexandre, que é o meu irmão mais novo, também saiu de casa e também usa essa “técnica”... só que agora ele tem usado muito mais essa técnica do que eu, pois eu vivo falando com a mãe no talk e quando preciso ligar pra ela geralmente tenho créditos...

Continuando: pois então, minha mãe ligou pro Alexandre ao invés de ligar pra mim... e eu aqui, obviamente, me partindo de rir, já que “sem querer, querendo” acabei acordando tanto a mãe quanto o meu irmão.
Da primeira vez que eu dei o toque a cobrar, eu percebi que a mãe falou “alô” antes da musiquinha do “pobre ligando pra mim”, então, esperei ela desligar a ligação do meu irmão e tornei a ligar a cobrar. Quando ela disse “alô” eu logo me apressei a falar “sou eeeu”. Funcionou. Falei com ela, nada de importante, óbvio, pois eu só estava animada (qual o motivo de estar animada num sábado de manha, quando você acorda antes das 7???). Desliguei o telefone ainda sorrindo e fui tomar banho. Lavei o rostinho de princesa com o meu sabonete especial (a Fiona também era uma princesa, antes que vocês comecem a rir e debochar de mim) e tomei altos banho, com sabonete liquido e muuuuita espuma. Quando terminei, escovei os dentes e passei desodorante, perfume e o protetor solar. E aí pensei: sua idiota! Eu ainda não fiz o serviço de casa, nem meu exercício diário, o que significa que terei que tomar outro banho, no mesmo dia.

Outro parêntesis: eu nunca gostei de tomar banho nem de escovar os dentes. Passar a droga do fio dental então, vishe. Pra quem mora/va no Sul, sabe o que é frio, então deve bem lembrar que às vezes tínhamos até que esperar a droga da água descongelar pra sair da torneira. Eu lembro bem de uma vez que tinha uma aranhona no banheiro, e quando eu a vi, sai correndo contar pra mãe, esperando que ela, num ato heróico, fosse lá e esmigalhasse aquela coisa horrorosa. Mas a minha mãe disse: ué, mata ela. Meeeeeu Deus do céu, só eu (e quem morre de medo de aranhas) sei o quando isso me encheu de pavor. Mas como eu sou corajosa, peguei uma vassoura e voltei pro banheiro assombrado. Quando cheguei lá, aquele monstro ainda estava no mesmo lugar, mas como eu tava com tanto medo, errei a vassourada e o monstro fugiu. Ah, capaz que eu tomaria banho depois disso. Mas nem a pau. Como eu sabia que a mãe não me deixaria escapar ilesa do banho, abri a torneira e fiquei passando a mão embaixo da água (pra fazer aquele barulinho de água se mexendo) e fiquei só olhando pro teto e pros lados. Depois fiz um drama pra fingir que tava me vestindo depois do banho (sendo que eu não tinha tomado banho) e saí do banheiro.
E ainda teve uma outra vez, mas dessa vez eu era mais nova, devia ter em torno de uns cinco anos, que o meu pai mandou ir lavar a cara antes de tomar café. Quem morou lá em casa sabe: o pai abre a boca e a gente já sai correndo pra obedecer. Claro que fui ao banheiro e, na maior marotisse, abri a torneira e fiquei passando a mão embaixo dela (denovo, hahaha). Como o meu pai é esperto (mas eu nem tanto, como vocês verão a seguir), ele logo veria que eu não tinha lavado cara nenhuma, então eu logo pensei: “toda pessoa que lava a cara fica mais desperta e, portanto, com os olhos mais abertos”. Adivinhem! Arregalei os olhos e saí do banheiro, sempre fazendo esforço pra deixar os olhos o mais abertos possível, com a certeza que enganaria meu pai. O resultado disso, que eu me lembre, foi um olhar do meu pai, um sorrisinho que só quem conhece ele (e o meu irmão mais velho, o Flávio) sabe o quando cínico e sarcástico pode ser. Mas, por minha sorte (sorte?) ele não mandou eu voltar e criar vergonha na cara. Então pude tomar meu café da manha. “UHUUU trapaceei ele”, era o que eu estava pensando enquanto eu comia. “RETARDADA ESSA MINHA FILHA, o que será dela no futuro ó Deus”, era o que ele devia estar pensando naquele momento.

Continuando: então, pra mim, é horrível tomar dois banhos no mesmo dia. Mas será elementar (meu caro Watson).
Bom, chega de papo furado... hoje acho que vou lavar meu carro (será o segundo banho dele desde que eu o comprei, que foi em janeiro de 2011), varrer o casarão, passar um pano maneiro e talvez lavar o pouco de roupa que tem ali para ser lavada. Fazer exercícios, lógico. E ler o livro da vez: PROTEGER E DEFENDER, de Richard North Patterson, que fala de uma menina de 15 anos, grávida de um feto hidrocefálico, que entrou com um processo na justiça para ter o direito de abortar (já que, se ela tiver o filho, ela pode ficar infértil, assim como aconteceu com a própria mãe dela)(e também, já que o filho, muitíssimo provavelmente morrerá no parto).
Então até mais. Divirtam-se.

5 comentários:

  1. ahhh, só pra deixar bem claro: não tem nada a ver uma coisa com a outra. O fato de o meu carro ter tomado só um banho durante esse ano provém do fato de eu ter preguiça de lavá-lo e ser mão-de-vaca pra pagar pra alguém lavar, além que nenhuma boa alma se ofereceu pra lavar gratuitamente. Não nada a ver com a minha aversão a banhos. Só mesmo pra deixar esclarecido esse ponto.

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  2. Muito legal seu blog! E parabéns pela vitória dois quilinhos secados!

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  3. Então é isso. Todos perceberam a vingança cruel, maligrina, pelos anos e anos que eu a acordei!
    Mas não tem nada não. Um dia eu me vingo.
    Vou fazer o mesmo que minha amiga faz: ela acorda o marido para ficar acordado também, quando ela não consegue dormir.
    Pois bem. Pelo menos uma noite por semana eu fico sem dormir. Adivinhem quem eu vou chamar para ser solidário(a)?
    Me aguarde!!!!

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  4. não, carro lavado já! e mãe, vingança ao quadrado é uma coisa muito cruel. Obrigada Patricia :D

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