Só pra variar, aqui estou para reclamar de uma coisa que me
deixa indignada.
Quero deixar claro que essa é a minha atual opinião, e que
se você usar argumentos bons a favor de outro ponto de vista, sim, eu posso vir
a mudar de opinião, ok?
Pré-história 1: eu e o Ed fomos viajar pra Salvador esses
tempos, e um dos passeios que nos falaram que era imperdível era Arraial
d’Ajuda. Fomos com a CVC mesmo, de ônibus, aí o ônibus deixou a gente em um
restaurante na beira da praia, meio isolado, e a gente resolveu ficar por lá
mesmo, pra não correr o risco de ir pra longe e perder o horário de voltar
(obviamente eles sabem que a gente pensa assim, e por isso devem levar a gente
praquele lugar, hehe).
O restaurante, que eu não lembro o nome, tinha um muro de
pedras pra separar as áreas do lugar em duas, uma que ficava mais embaixo, na
areia da praia mesmo, onde você podia molhar os pés na água caso viesse uma
onda mais forte, e outro lugar mais acima, antes do muro, que também tinha
areia, mas que não correríamos o risco de ficar molhados.
De início fomos para as cadeiras na praia. Pedimos uma
cerveja ao garçom, super educado e atencioso, inclusive, e ficamos aguardando,
até que vimos que as ondas não estavam pra brincadeira, e então subimos e
ficamos na parte “seca”. Lá não fomos mais atendidos por aquele garçom, e,
aliás, praticamente nem fomos atendidos, pois foi péssimo. Demorava uma hora
pra conseguir cada cerveja, e pra almoçar foi outro parto. Por um lado é bom,
pois a cerveja era cara e assim não gastamos muito, mas eu também não tinha
dito que a gente foi pra lá pra economizar, certo? Bom, quando a gente cansou
de ser mal atendido, resolvemos fechar a conta, pagar e ficar sentado lá perto
da van que nos levaria pra balsa.
A pessoa do caixa adicionou os 10% e eu falei que não queria
pagar. A pessoa retrucou dizendo que eles avisaram que seria cobrado, pois
estava escrito no cardápio. Eu rebati falando que não era obrigada a pagar, e
que não queria pagar, e também que, inclusive, não pagaria, pois fui mal atendida.
Depois de “muita tensão”, a pessoa concordou em não me cobrar o adicional,
paguei e fomos sentar. Antes mesmo de encostar a bunda no assento, o garçom
(aquele primeiro, o legal) veio tirar satisfação de por que a gente não tinha
pagado os 10%. Disse que não recebia salário e que dependia daquela
remuneração. Aleguei que, meu filho, eu não tenho culpa se esses 10% são só o
que você recebe, e que eu só tinha sido bem atendida por ele, mas que isso foi
nos primeiros 3 minutos, e que todo o restante do tempo eu tinha sido mal
atendida e ignorada, e que eu não me senti confortável em pagar um adicional
pelo péssimo serviço. FIM.
Pré-história 2: antes desse episódio, teve uma vez que eu
fui, com uma galera, num restaurante/bar (que não sei se posso falar o nome),
no Shopping Tamboré. Consumimos e depois fomos pagar a conta. Pedimos pra
dividir pelo número de pessoas e cada um foi pagando sua parte. Quando chegou
na minha vez, falei que não pagaria os 10%, pois fui mal atendida. Até aí tudo
bem, mas então eu falei que queria o CPF na nota, e a pessoa do caixa me
informou que não poderia emitir a nota fiscal, uma vez que eu não paguei os 10%
e então o valor não batia.
Oras, mas esses safados nem lançam os 10% na nota, por que
raios não pode emitir a nota?
Olhei pra cara da pessoa, olhei pro celular, desbloqueei, e
perguntei o nome, pois eu ia anotar.
Aí, milagres acontecem, a pessoa me olhou com cara de ódio e
perguntou qual era o meu CPF, e como num passe de mágica agora ela poderia
imprimir a nota pra mim. FIM.
Pré-história 3: ontem eu fui no chá de bebê de uma amiga
minha, em um lugar que vende comida árabe (e esfiha de queijo com bastermá)
aqui perto de onde trabalho, e que também não sei se posso dizer o nome (rsrs).
Aí nesse lugar eles também não fazem comanda individual, mas até então tudo
bem, pois é só um saber direito o que consumiu e pagar sua parte no fechamento
da conta.
A surpresinha apareceu quando fui pagar a conta, pois era a
gente mesmo que tinha que pegar o cardápio, ver o preço das coisas que consumimos,
somar, e dizer o valor total pra pessoa do caixa. Só que, OPAAA, “todos tinham
que pagar, obrigatoriamente, os 10%, já que uma pessoa tinha pagado, senão não
daria o valor correto no final das contas”.
Mas, pera aí. Se eu quiser pagar 9% de taxa adicional eu
pago. Se eu quiser pagar 1%, ou 60%, eu posso, porque eu sou o cliente e eu
quem decide o quanto acho que o garçom merece. Claro, ontem eu fiquei chocada
demais, a fila estava grande demais, e eu não tive paciência pra debater com a
atendente. Mas depois que paguei eu fiquei matutando aquilo, e o resultado é
que estou aqui, me abrindo com vocês. FIM.
Aí, antes de eu vir digitar, fui ler sobre o assunto na
internet e me deparei com os seguintes textos:
Ambos acessados em:
Ok, posso ser obrigada a pagar, desde que isso me seja
informado com antecedência, mas se eu achar que fui lesada, posso ir no PROCON
pedir minha grana de volta. E, além disso, posso pagar o quanto eu quiser de
gorjeta. Entendi certo?
Não é só uma questão de ser mão de vaca, como sei que tem
gente que pensa. É uma questão que não achei meu dinheiro no lixo e sim
batalhei por cada centavo, e não gosto de dar dinheiro pros outros se não for o
correto e justo. E é uma questão que não gosto de fazer papel de trouxa, e nem
gosto de ser lesada.
Por exemplo, outro dia fomos num restaurante que chama
Madero, no Shopping Eldorado, e fomos tão bem atendidos que me senti ótima em
pagar gorjeta. A gente até ficou impressionado com a educação, treinamento,
formalidade e rapidez da equipe, e volta e meia comentamos sobre isso, como se
fosse o acontecimento do ano.
Pois bem, então volto a afirmar: não gosto de pagar 10%
quando sou mal atendida. Do contrário, acho justo pagar, e pago com gosto.
Acho uma “puta palhaçada” o que esses comércios fazem com a
gente. E tenho dito!