Nossa, é por isso que quase nunca tem atualização no blog...
Eu penso nas coisas e fico enrolando tanto... Aí sempre deixo pra escrever
depois, e esse depois não chega, pois eu esqueço os assuntos...
Hoje aconteceu a mesma coisa, eu pensei em escrever o texto
e até fui no Google procurar apoio, e depois esqueci de escrever o texto...
Eu fui procurar a definição de babaca, porque é o primeiro
pensamento que eu tenho sobre o assunto que falarei mais aí pra baixo... Aí eu
queria ter certeza que eu pensei certo.
Pra explicar essa parte sublinhada, eu me obrigo a fugir do
assunto pra falar de outra coisa, que eu faria um outro post, mas como imagino
que não tem muito conteúdo, escrevo aqui mesmo...
Uma amiga outro dia veio se queixar que queria deixar de
falar tantos palavrões. Na minha opinião, os palavrões são como que drogas,
pois eles viciam a gente. É você começar a chamar os amigos heteros de
“viadinhos” e logo o seu xingamento padrão é
“viadinho”, e você fala isso pra todo mundo, o namorado, o pai, o
patrão... É você começar a xingar as coisas de “merda” que aí tudo
vira merda. Diabo é outra palavra que gruda como se fosse fita silver tape...
Caralho, porra, bosta, demônio e todas as variações de palavras medíocres e de
baixo calão... Todas elas, é você começar a usar que parece que todos os outros
sinônimos fogem da sua cabeça que nem manifestação quando a polícia joga bomba
de efeito moral... Quando você começa a chamar as “coisas” de
“coisas”, tudo vira “coisa”, lápis é “me empresta
essa coisa”, o prédio que você quer que alguém olhe é “aquela coisa
azul ali” e assim por diante, é tudo coisa. E aí quando você vai
apresentar um TCC como você faz pra lembrar dos outros nomes, os nomes reais?
Não lembra né, pois não está acostumado a usar e as drogas dos palavrões já
limparam as palavras da sua memória... Acabaram de me lembrar de uma:
“caralhada”. Muita gente (inclusive “gente grande”),
usa a expressão “caralhada de serviço”, ao invés de dizer que está
muito atarefado, ou que tem muitas tarefas... Tem uma caralhada de tarefas.
Isso é muito sério! Você tem que ser culto, nem que seja
para a sociedade. Você precisa ser educado quando faz entrevista de emprego,
quando fala com seus colegas de trabalho (ainda mais se forem seus superiores),
quando faz compras (uma vez eu perguntei ao dono de uma lanchonete o nome da
“bodega” e ele ficou muito ofendido!) e enfim, deveríamos ser
sempre, pra falar bem a verdade...
O empecilho são as drogas. Usou uma vez e viciou, é assim,
como o crack (não usei crack, mas dizem que é assim).
Continuando: por isso que fui procurar o significado de
babaca. Estou tentando me limpar das drogas, mas ainda muitas palavras me
fogem... Se eu tivesse pensado “fdp’s” aí eu não precisaria
buscar significado, pois essa palavra aí não necessita significado, é como as
drogas químicas, você não precisa saber o que, como e por quê, só precisa
consumir (que assunto redundante, credo!).
Pois então, eis que eu, ao levantar da minha mesa neste dia
agradável de trabalho percebo uma boa parte dos meus colegas do sexo masculino
olhando pra uma direção, todos eles olhando muito atentos para a mesma
direção... Se não tem tela de TV pra eles estarem assistindo jogo de futebol
(pensamentinho generalizado hein?!), então o que é que eles olhavam com tanto
interesse? Mulheres (será preconceito novamente?). E aí que eu pensei comigo
mesma: “BABACAS”. Meu Deus, como isso me irrita. Eu simplesmente
detesto homens neste estágio de “cio”, quando eles ficam babando
pelas mulheres novas no pedaço, sabem?
Não, eu não estou com inveja :P (antes que alguém me venha
com essa retrucada besta), e sim, eu posso estar com falta do que fazer pra
ficar pensando nessas coisas, mas enfim, me deixem falar.
Eu detesto quando você está numa roda de amigos e todos os
do sexo masculino param de prestar atenção em você pra prestar atenção nas
nádegas em movimento de alguma pessoa do sexo feminino que está passando...
Isso me tira tanto do sério que eu até esqueço de ser simpática nessas horas...
Toda aquela psicologia de livrinho de auto-ajuda que diz que se eles estão
prestando atenção em outra coisa você tem que falar algo super inteligente e
interessante pra que eles voltarem a prestar atenção em você, foge com a
rapidez de um raio.
Eu detesto perceber quando os homens olham pra bunda das mulheres
na rua e não, não é simplesmente deixar de perceber... Me dizer pra deixar de
perceber as coisas é como dizer pra alguém parar de cheirar, ou de ver, de
ouvir... É uma coisa natural minha, pois eu sou observadora, e não vou passar a
ser uma alienada pra não perceber mais quando os homens olham, ou comentam.
Eu acho uma tremenda falta de respeito e consideração, e pra
mim são babacas sim, me desculpem (pronto, falei).
Aliás (lembrei agora), uma coisa que eu falei pro meu namorado
foi que quando a gente se conheceu, se ele tivesse ficado olhando pro meu
decote, ele teria sido cortado automaticamente da lista de possibilidades. Isso
é falta de educação, praticamente... Você tem que conversar com a pessoa, e não
com a parte externa das glândulas mamárias dela!
E tem outra coisa que rebato já, antes de virem com esse
comentário: não é que eu me importe tanto assim, não é que isso mude minha vida
e que eu fique o tempo inteiro pensando nisso e vá ter crises de stress por
causa desse assunto, mas sim, invariavelmente quando eu me vejo numa situação
dessas, eu penso dessa mesma forma. Aliás, quando eu escuto alguém falando mal
de mulheres só porque elas são gordinhas eu tenho tanta raiva quanto. Aliás, me
dá realmente uma vontade louca de retrucar ou de cair na pancadaria mesmo.
“Inclusivemente”, outra coisa que eu tenho
percebido que me deixa um tanto nervosa são aqueles caras que fingiam que eu
era invisível quando estava obesa e que agora viram o pescoço pra me olhar...
GRR, passou aquela fase de “TOMA ESSA AGORA SEU RETARDADO” (ou
então, como diria a poeta Kelly, baba baby baba), agora eu quero mais é que me
deixem em paz, mas hoje mesmo percebi um olhando pro meu zíper, e isso me
deixou muito revoltada, aff.
Tá, era só isso mesmo. Eu não gosto de ver, mas vejo e,
quando vejo, acho que são idiotas. Paciência pra quem não gostar que eu seja
assim.